Juiz da última final de Copa do Mundo, argentino também está escalado para apitar a decisão da Libertadores, no próximo dia 27 de novembro
Digamos que Néstor Pitana, o escolhido para comandar Palmeiras e Flamengo do gramado, na final da Libertadores, não está sendo muito prestigiado em seu próprio país. Isso porque, uma sucessão de polêmicas nas últimas semanas serviu para reascender o histórico complicado do argentino. Aos 46 anos, Pitana apitou a última decisão de Copa do Mundo, mas, mesmo assim, é alvo de duras críticas.
Pitana vem colecionando confusões na Argentina
As principais reclamações são direcionadas, justamente, por compatriotas argentinos. Visto como “arrogante” e “prepotente”, Néstor Pitana teve uma jornada complicada no último fim de semana. No sábado (6), ele apitou a vitória por 3 a 0 do Colón sobre o Platense. No entanto, o que mais chamou a atenção foram dois lances que envolveram o apitador. Primeiramente, ele expulsou Nahuel Iribarren, do Platense, ao término da etapa inicial.
O jogador, porém, relatou após o jogo que somente perguntou se o gol do Colón havia saído dentro do tempo estipulado de acréscimos (o que não aconteceu). A conversa estava amigável, segundo o atleta, e ele só percebeu que Pitana estava incomodado quando o chamou para ‘sair na mão lá fora. Depois, o juiz acabou mostrando o cartão vermelho, deixando Iribarren completamente irado. Enfim, ele precisou ser contido por companheiros.
Na saída de campo, Pitana ainda deu uma resposta atravessada à TyC Sports, quando perguntado sobre o ocorrido: “Não aconteceu nada. São coisas que acontecem no jogo, nada mais. Falem de futebol que é o mais importante”, disse Pitana. O periódico, porém, retrucou em uma publicação com a seguinte fala: “Se você pretende falar apenas sobre futebol, primeiro precisará rever suas maneiras de se dirigir às pessoas”.
Ainda na partida entre Colón e Platense, outro cartão aplicado pelo árbitro gerou repercussão. Isso porque, aparentemente, Pitana deu amarelo a Facundo Farías após o atacante tentar dar uma carretilha no adversário. Os jogadores do Platense não gostaram, e um princípio de briga começou. Pitana mostrou, então, o amarelo para Farías, deixando os jornais argentinos, novamente, furiosos.
“Parece que subiu à cabeça”
Marcelo Gallardo, treinador do River Plate, é outro personagem que também parece não compactuar com as atitudes de Néstor Pitana. Por diversas vezes, ocorreram entreveros entre os dois. O árbitro, aliás, já foi acusado pelo técnico de xingar Gonzalo Montiel, jogador do time argentino. No entanto, há pouco mais de uma semana, Gallardo voltou a ‘alfinetar’ o árbitro em entrevista: “Ele tem tanto dom para dirigir os jogos que parece que subiu à cabeça. Quando você quer conversar, ele vira a cara, te ignora, isso te tira do sério”.
Contudo, as polêmicas de Pitana não se resumem ao ambiente argentino. Na própria Libertadores, o juiz já foi alvo de críticas. Na partida eliminatória entre Santos e LDU, no ano passado, Pitana falhou em controlar o final dramático da partida na Vila Belmiro. Ele ‘esqueceu’ de encerrar o jogo no tempo correto e depois teve de lidar com uma briga generalizada — além de longos minutos de análise do VAR. Além disso, também vale pontuar que o árbitro argentino desperta certa desconfiança até mesmo… para o torcedor palmeirense.
Escalado para Palmeiras x Flamengo
A reprovação se dá devido a um pênalti marcado a favor do Flamengo, na Libertadores de 2019. Na ocasião, o Mengão precisava reverter uma desvantagem de 2 a 0 contra o Emelec, no Maracanã, pelas oitavas de final do torneio sul-americano. Pitana assinalou penalidade em Rafinha, que gerou o primeiro gol do time da casa. No entanto, palmeirenses recuperaram o lance, considerado duvidoso. Veja abaixo:
Nestor Pitana apita a Final…
Palabens @CONMEBOL
— Cebolinha 💚 (@CeboIinhaaa) October 27, 2021
Enfim, diante de diversas críticas e reclamações, Néstor Pitana vai ser o árbitro do duelo mais importante da América do Sul neste ano. Palmeiras e Flamengo lutam pela tão sonhada conquista da Taça Libertadores em 27 de novembro. O pontapé inicial será dado às 17h (de Brasília), no Estádio Centenário, em Motevidéu, Uruguai.
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