MMA-VIP, organização de MMA na Polônia, promoveu duas lutas intergêneros no final de semana
Um evento de lutas realizado no último final de semana na Polônia causou muita polêmica por ser intergênero – em outras palavras, homens contra mulheres em combates de MMA.
O desafio realizado pela organização MMA-VIP teve duas lutas de homens contra mulheres, com ambas vencidas pelos participantes do sexo masculino.
No primeiro combate da noite, Michal Przybylowicz, conhecido no país como “Ken Polonês”, derrotou a wrestler Wiktoria Domzalska.
Depois, na luta principal, o tiktoker Piotrek Muaboy, uma celebridade virtual na Polônia, venceu a também lutadora profissional e campeã de queda de braços Ula Siekacz.
Muaboy desferiu muitos socos no rosto de Siekacz e, para vencer, finalizou com a adversária no chão do octógono.
https://twitter.com/DeportesHoy1/status/1455662997926400004
Foram muitas as reações e adjetivos negativos nas redes sociais, como “atrocidade” e “absurdo”, por exemplo. E isso chegou ao conhecimento de Densing White, CEO da Federação Internacional de MMA (IMMAF).
“Nem o promotor deste evento e nem os atletas têm qualquer vínculo com a IMMAF , mas como órgão internacional do MMA amador, sinto que é necessário firmarmos nossa posição”, explicou White em postagem nas redes sociais.
“A IMMAF discorda categoricamente dessa forma de entretenimento intencionalmente escandalosa, que não representa o MMA ou seus valores e que coloca as mulheres em risco”, continuou o dirigente, que acrescentou:
“É inaceitável que mulheres e homens possam competir entre si em esportes de combate, essencialmente por razões de segurança, mas também por jogo limpo, e de forma alguma apoiamos isso”, finalizou Densing White.
Ula Siekacz, lutadora derrotada no principal combate intergênero do MMA-VIP, disse em sua conta do Instagram que está de volta à vida. E minimizou as polêmicas.
“Seguimos em frente. Não serei mais espancada por qualquer homem. Aceitei essa luta com consciência, sabia para que havia sido contratada. Agora estou esperando algumas propostas interessantes e vou continuar me desenvolvendo. O que não nos mata nos fortalece”.
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