Entenda como empresário envolveu São Paulo e jogadores em golpes

Matéria do Fantástico contou história de estelionatário que enganou Tricolor, atletas e até ex-namoradas em golpes

Mais uma vez, o futebol se vê envolvido nas páginas policiais. O programa ‘Fantástico‘, da Rede Globo, revelou neste domingo (14) o envolvimento de um empresário numa série de golpes que envolveram atletas e até o São Paulo.

O programa contou a história de Lucas Jeronymo de Moraes, empresário que tem mais de 30 processos contra si das mais variadas formas. Muitos deles ligados ao futebol, mas também outros que incluem golpes em ex-namoradas e relacionados à uma candidatura para vereador em São Bernardo do Campo (região metropolitana de São Paulo)

Empresário participou de negociação de patrocinador do São Paulo

Moraes foi o intermediário da negociação que trouxe a iSure empresa do ramo de seguros, para estampar sua marca na camisa do São Paulo, em 2020. Na época, o acusado de estelionato se apresentou para tentar ‘alugar’ a marca da empresa para patrocinar o Tricolor. O valor do acordo com os são-paulinos foi de R$ 5 milhões, valor que também receberia da empresa.

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No entanto, a iSure não pagou os valores estipulados em contrato e ficou na camisa da equipe do Morumbi por apenas três partidas. Moraes virou parte da polêmica numa troca de acusações entre as partes e o time paulista entrou com processo contra a empresa pedindo R$ 2,5 milhões em indenização.

Lucas de Moraes também enganou jogadores

Além do São Paulo, o envolvimento de Lucas Jeronymo de Moraes no futebol também se deu ao intermediar negociações de atletas. Jovens jogadores e veteranos acabaram sofrendo com golpes do empresário, um caso notório o de Augusto Recife, ex-jogador de Cruzeiro, Flamengo, Paysandu, Internacional, São Caetano, entre outros.

Recife revelou que fora procurado pelo empresário para ir para o Arapongas visando jogar o Campeonato Paranaense com um time bancado por uma grande estrutura financeira. No entanto, ao chegar ao clube, não recebeu o que lhe fora prometido e não disputou partidas oficiais pelo clube paranaense.

“Ele falou que era de um grupo de empresários. Que o pessoal era de São Paulo, de São Caetano, que era dono de uma empresa de ônibus, que estavam investindo pesado no clube e tinham muita grana. Mas era mentira”, disse o ex-jogador.

Jovens atletas também apareceram com alvo do empresário, este com promessas de encaixe em clubes europeus, mediante pagamento de custos como transporte, manutenção e documentação. Gastos estes que giravam em torno de R$ 70 mil e ficavam com Moraes.

Mais golpes envolveram Lucas, que nega envolvimento

Mas não foi apenas o futebol que sentiu o problema gerado pelos golpes de Lucas de Moraes. Ex-namoradas também acusam de tê-las enganado, com pedidos de dinheiro e muitas vezes alegando doenças. Comerciantes de São Bernardo do do Campo também receberam cheques sem validade do acusado de estelionato, ligados a uma campanha para vereador deste, aos quais não foram ressarcidos.

Ao falar sobre os processos, Lucas Jeronymo de Moraes evitou tratar do assunto de forma direta. Mas negou qualquer envolvimento com os processos ligados ao futebol, como o patrocínio do São Paulo e os atletas enganados.

“Não falo sobre isso, a empresa. Não falo sobre processo, porque tem muita coisa que corre em segredo de Justiça. São inverdades e cabe a Justiça mostrar quem está certo e quem não. Sobre isso do futebol, não tenho nada a ver com essa questão. Não faço mais parte e nunca fiz parte”, afirmou.

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