Elói Lacerda de Oliveira revelou o Minas pagou o contrato integral Maurício Souza até maio
O diretor de vôlei do Minas Tênis Clube, Elói Lacerda de Oliveira, afirmou que o jogador Maurício Souza não teve o contrato rescindido por homofobia. Em áudio divulgado pelo ‘ge’, o dirigente alegou que o clube foi “obrigado a dispensar” o atleta para protegê-lo.
“Ele não foi mandado embora porque ele é homofóbico, porque ele não é homofóbico. O que ele falou foi uma declaração pessoal dele. Ele foi mandado embora para a proteção dele. E ele recebeu integralmente o salário dele e a proteção do Minas. Nós fomos obrigados a dispensar o Maurício, se não ele seria destruído, tá? E que todos saibam que nós pagamos o contrato dele integral até maio. Ele não ficou desamparado. Ele recebeu o salário dele todo antecipado e nós fizemos isso porque nós não tivemos apoio”, diz Elói Lacerda de Oliveira no áudio.
O dirigente ainda afirmou que a comunidade LGBTQIA+ é radical. “A gente tem que aprender a ser proativo e não reativo. Essas comunidades radicais elas são ativas. Eles foram na presidência da Melitta na Alemanha, eles foram na Fiat em Betim, lá na Itália, tá certo? E nós ficamos literalmente rendidos, tudo o que nós fizemos nós fizemos a gente era de simplesmente derrotados, porque haviam milhares de manifestações contra o Minas, contra o Maurício”, completou.
Confira a transcrição do áudio na íntegra:
“Quero colocar aqui que fui eu que dispensei o Maurício, tá? Está todo mundo enganado, não foi assim. Está todo mundo vindo agora bater, mas as pessoas deixaram o Minas desamparado e eu, como diretor de vôlei, o Ricardo com o presidente, durante uma semana, nós todos apanhando da imprensa, apanhando da comunidade LGBT, ninguém saiu em defesa de ninguém.
Nós fomos obrigados a dispensar o Maurício, se não ele seria destruído, tá? E que todos saibam que nós pagamos o contrato dele integral até maio. Ele não ficou desamparado. Ele recebeu o salário dele todo antecipado e nós fizemos isso porque nós não tivemos apoio.
A gente tem que aprender a ser proativo e não reativo. Essas comunidades radicais elas são ativas. Eles foram na presidência da Melitta na Alemanha, eles foram na Fiat em Betim, lá na Itália, tá certo? E nós ficamos literalmente rendidos, tudo o que nós fizemos nós fizemos a gente era de simplesmente derrotados, porque haviam milhares de manifestações contra o Minas, contra o Maurício.
Ele não foi mandado embora porque ele é homofóbico, porque ele não é homofóbico. O que ele falou foi uma declaração pessoal dele. Ele foi mandado embora para a proteção dele. E ele recebeu integralmente o salário dele e a proteção do Minas.
A gente tem que conversar sobre isso, porque tem que haver contra peso e dessa vez não houve. Agora nós estamos sendo atacados por pessoas que não sabem o que de fato aconteceu, tá? Muito obrigado.”