Carlos Arthur Nuzman ainda pode recorrer da decisão
Uma notícia no fim da noite de quinta-feira, 25 de novembro, chacoalhou o esporte do Brasil. Carlos Arthur Nuzman foi condenado a 30 anos,11 meses e oito dias de prisão. As informações são do ge.
Os crimes imputados ao ex-presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) são: corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A ordem de prisão foi expedida pelo juiz Marcelo Bretas do Ministério Público do Rio de Janeiro com base na operação Unfair Play. A operação investigou a compra de votos para a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016. Nuzman pode recorrer da decisão.
Além de Nuzman, foram denunciados: o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, o ex-diretor de operações do comitê Rio 2016, Leonardo Gryner, os dirigentes senegaleses do atletismo Lamine Diack e seu filho Papa Diack.
Carlos Arthur Nuzman está preso, desde 2017, pela Polícia Federal e na ocasião também houve uma devassa em documentos no apartamento do dirigente, localizado no Neblon, Zona Sul do Rio.
O esquema de corrupção, segundo os investigadores, tinha a participação do ex-governador Sérgio Cabral. O dinheiro teria vindo do empresário Rei Arthur. Em março de 2017, o jornal francês “Le Monde” denunciou que, três dias antes da escolha da cidade brasileira, houve pagamento de propina a dirigentes do Comitê Olímpico Internacional.
Carlos Arthur Nuzman foi atleta de vôlei e na modalidade chegou a presidência da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) no meio da década de 70, toda a de 80 e inicio de 90. No COB, foi presidente da entidade de 1995 a 2017.