Treinador gaúcho Lisca justificou o motivo de não querer assumir o Grêmio em situação como essa
Apesar de todo o passado ligado ao Inter, não é por isso que Lisca não aceitaria uma eventual convite neste momento. Segundo ele, conforme entrevista dada ao O Barrista, o “não” ao tricolor caso fosse o escolhido no lugar de Vagner Mancini seria para evitar de uma vez por todas a fama de “bombeiro”, sendo chamado principalmente para tirar clubes de zonas ruins nas tabelas.
Lisca conta que fez esse “plano de carreira” de 2019 a 2021 para não aceitar clubes em situação desesperadora e conta que rejeitou recentemente Juventude, Sport, Bahia e Náutico:
“O Mancini está lá agora tomando as providências. Eu olhei a tabela, olhei a situação e olhei o grupo. Mas, vou te falar: como eu não fui no Juventude, eu não iria também (em caso de convite do Grêmio). Nesse ano, não quero essa marca (ser “bombeiro). Eu defini que em 2019, 2020 e 2021 eu não trabalharia assim. Foi plano de carreira. Recebi outros convites. Recentemente, da Série A, para tentar tirar do Z4, fui convidado por Bahia e Sport. E na Série B fui pelo Náutico. Como tampão, nos clubes que eu passei, não quero”, afirmou o técnico, que esteve no Vasco recentemente e não foi bem na Série B.
O único clube que ganharia o “sim” de Lisca
Segundo ele, o único time que teria sucesso em convidá-lo nessas condições seria o América-MG, que escolheu Marquinhos Santos para a vaga de Mancini. Lisca subiu o Coelho no ano passado e tem boa relação com a direção do clube:
“Eu falei pras minhas filhas. O único clube que eu iria nesse ano pra tentar salvar seria o América-MG. O América-MG agora não está tão apertado, mas, por gratidão, eu iria. Se me chamassem em um estado de emergência, eu iria. Mas eles fizeram certo em buscar o Marquinhos Santos”, encerrou.
Lisca se notabilizou por ter salvo o Ceará da queda para a Série C em 2015 e do mesmo Ceará para a B em 2018. Antes, trabalhou nas três rodadas finais na queda do Inter em 2016.