Leila Pereira diz se Palmeiras pode virar clube-empresa durante sua gestão
Leila Pereira deve assumir o cargo de presidente do Alviverde na vaga de Maurício Galiotte em dezembro
Leila Pereira deve assumir o cargo de presidente do Alviverde na vaga de Maurício Galiotte em dezembro
Candidata única à presidência do Palmeiras, a empresária Leila Pereira, que é dona da Crefisa e da Faculdade das Américas, falou sobre a possibilidade de transformar o Alviverde em um clube-empresa. Durante um dos eventos realizados para sócios do Verdão, a conselheira palmeirense garantiu que, se for eleita, vai trabalhar para que o clube seja cada vez mais vitorioso.
Leila Pereira rechaçou completamente a possibilidade de discutir sobre uma eventual transformação do Palmeiras em clube-empresa e afirmou que o clube não tem dono, e pertence aos associados e torcedores.
— Eu sou totalmente contra a transformação do Palmeiras em clube-empresa. Se eu for presidente do Palmeiras, enquanto eu for presidente do Palmeiras, isso não vai ser motivo de debate porque eu sou contra a transformação do Palmeiras em clube-empresa. Quem falar o contrário, está mentindo. Eu sou a favor, sim, de administrar o Palmeiras como se fosse uma empresa, profissionalmente. Isso é diferente. O Palmeiras não tem dono, os donos do Palmeiras são os associados e os nossos milhões de torcedores. Eu tenho certa absoluta que eu jamais decepcionarei cada um de vocês que estão depositando em mim tanta confiança. Pode confiar que nós vamos trabalhar para que o Palmeiras seja cada vez mais vitorioso e maior porque estamos juntos pela mesma paixão – disse Leila Pereira.
Paulo Nobre é a favor do Palmeiras virar clube-empresa:
Presidente do Palmeiras entre 2013 e 2016, Paulo Nobre, que foi o principal responsável pelo processo de reestruturação do clube, já demonstrou ser a favor da transformação do Verdão em clube-empresa. Em entrevista ao canal ‘Os Bocca Palmeiras’, no YouTube, o ex-mandatário afirmou que vê com bons olhos essa possibilidade.
“Como o Palmeiras é absolutamente pioneiro em quase tudo o que acontece no futebol brasileiro, [falando isso] sem clubismo, acho que seria muito interessante o Palmeiras virar clube-empresa. Mesmo porque, hoje, de uma certa maneira, dado o relacionamento que tem com o atual patrocinador – ele não é exatamente como era na época da Parmalat, que era uma cogestão – é uma pessoa muito rica que tem a pretensão de fazer a mulher dele a primeira presidenta do clube, e já tem uma relação financeira com o clube tão grande, que parece que o Palmeiras já foi vendido sem ter entrado dinheiro. O Palmeiras ainda deve”, avaliou.
“Eu, sinceramente, não tenho uma visão pessimista caso o Palmeiras virasse um clube empresa, seja de quem for o dono. O dono não vai pagar R$ 100 mil. Na hora que entrar alguns bilhões de reais, não é para brincar com o clube. É para ser uma coisa rentável e que está sempre ganhando títulos. Eu não vejo com maus olhos, até porque quem comprasse também iria ter uma profissionalização do lado de cá do balcão. Virando um clube-empresa, você teria um CEO contratado que teria que apresentar resultados. Você não teria mais essa parte política estatutária. Você separaria o futebol do clube social. O clube social continuaria tendo a vida que tem hoje, e o futebol passaria a ser de uma pessoa que iria administrar com muito profissionalismo e frieza. Não é aquela coisa ‘Vamos contratar aquele cara que fez três gols na gente’. Um gestor profissional avalia de uma outra maneira. A gente, além de administrar, torce. Um gestor profissional não precisa nem torcer para o clube”, completou.
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