Com saída de Scolari, Tricolor chegou ao limite de troca de técnicos no campeonato, mas “brechas” podem possibilitar a chegada de outro treinador
A ensaiada saída de Felipão no comando do Grêmio em 2021 enfim aconteceu. Acumulando maus resultados e incapaz de conduzir o time para fora da zona de rebaixamento do Brasileirão, o treinador do penta deixou o comando da equipe na manhã desta segunda-feira (11), seguindo a derrota do último domingo (10) para o Santos.
Se a notícia trouxe alívio aos torcedores que pediam a cabeça do experiente treinador, ela também deixou os gremistas e demais espectadores do Brasileirão em dúvida. Afinal, o Tricolor pode contratar alguém para o lugar de Luiz Felipe Scolari para as rodadas restantes da competição?
A “culpa” da questão está na mudança feita neste ano no regulamento do Campeonato Brasileiro. Buscando diminuir o número de troca de técnicos nos clubes brasileiros, a CBF formulou uma regra que limita a inscrição de “professores” a dois por time durante a disputa, assim como a atuação dos treinadores para apenas dois clubes.
Segundo a regra, a equipe que demitir dois técnicos no decorrer do Brasileirão não pode contratar um terceiro; apenas um profissional “da casa”, com pelo menos seis meses de contrato já cumpridos. Os treinadores, por sua vez, não podem mais comandar clubes na competição após a segunda demissão.
De acordo com essa definição, o Grêmio não poderia contratar um novo técnico, já que teve Tiago Nunes até a nona rodada do campeonato, e depois Felipão, que ficou entre a 11ª e a 25ª rodadas. Assim, somente o profissionais como o auxiliar Thiago Gomes, no Tricolor desde 2018, poderiam assumir o cargo.
‘Brecha’ na regra deve permitir novo técnico ao Grêmio
Toda regra, porém, tem sua exceção. Ou melhor, suas brechas. Uma delas é a rescisão de contrato em comum acordo que, segundo a CBF, não entra na conta das duas trocas. “Eventual pedido de demissão por parte do treinador, demissão por justa causa por iniciativa do clube ou rescisão por mútuo acordo não serão computados para os efeitos deste artigo”, define o texto.
Assim, o Grêmio pode, e deve, seguir na busca por um novo treinador para salvar o clube do rebaixamento. O nome mais falado no momento é o de Roger Machado, ídolo do clube como jogador, com uma passagem de relativo sucesso no comando técnico entre 2015 e 2016 (inclusive substituindo, na ocasião, o próprio Felipão) e livre no mercado após ser demitido do Fluminense.
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