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Estádio do Atlético-MG pode não ser inaugurado por falta de dinheiro

Expectativa é de que a nova casa do Galo, a Arena MRV, seja inaugurada no começo de 2023

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

Expectativa é de que a nova casa do Galo, a Arena MRV, seja inaugurada no começo de 2023

O futuro estádio do Atlético-MG, a Arena MRV, corre risco de não ser inaugurado a tempo por falta de dinheiro. É o que afirmou o CEO do palco esportivo, Bruno Muzzi, em entrevista à Rádio Itatiaia. O motivo é a contrapartida financeira cobrada pela prefeitura de Belo Horizonte. A expectativa é de que a nova casa do time alvinegro seja inaugurada no começo de 2023.

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“Sem dúvida, esse risco (da Arena MRV não ser inaugurada) existe. As contrapartidas viárias, por exemplo. Para fazer o alargamento da quarta faixa da via marginal, preciso fazer um processo de desapropriação de terceiros. É um processo lento, burocrático e que pode ser acabar na Justiça”, iniciou Muzzi.

“A prefeitura pode ajudar muito nisso pra que a gente dê celeridade e não ocorra atraso. Outra coisa é a gente dar entrada no Comam para que algumas das contrapartidas a gente possa ganhar tempo na entrega, tipo o Parque Linear”, prosseguiu.

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“Me dá dois anos pra entregar o Parque Linear. É possível porque não afeta nada a operação da arena. Essas coisas são possíveis de a gente solicitar”, acrescentou.

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“Caso não sejamos atendidos, isso pode gerar algum tipo de atraso. Faltar dinheiro sempre é um risco. A gente está bem controlado, mas precisamos reduzir essas contrapartidas em valor”, observou.

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Valor da contrapartida

De acordo com Muzzi, a prefeitura da capital mineira está cobrando R$ 150 milhões em contrapartidas. O valor “é extremamente pesado”, define, e maior se comparado a outros estados do Brasil.

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“Se você for em todas as capitais brasileiras, estima-se normalmente em contrapartidas em torno de 5% do valor de uma grande construção”, explicou.

“Então se você pensa que o orçamento lá atrás era R$ 410 milhões, embora ainda tivesse sem atualizações, a gente estaria falando de uma contrapartida em geral no Brasil inteiro na casa de R$ 20 milhões”, calculou.

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“Obviamente que a gente sabia que o impacto é grande, estimamos um pouco mais, então pensamos lá na casa dos R$ 50 milhões. Com o decorrer do processo, essas coisas foram tomando um peso desproporcional pra gente”, lamentou Muzzi.

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Comparações

Muzzi também comparou a situação da Arena MRV com outros estádios inaugurados no Brasil recentemente. Para sustentar a opinião, o CEO deu três exemplos: a Neoquímica Arena, o Allianz Parque e a Arena Grêmio.

“As contrapartidas do Corinthians, eles estão tendo uma briga judicial, mas assim: a prefeitura da cidade de São Paulo tinha um planejamento de investimento por parte da prefeitura de R$ 12 milhões. E o clube depois foi condenado a pagar R$ 40 milhões. Quer dizer, isso lá em 2014”, relatou.

“O (caso do) Grêmio, a estimativa era de R$ 160 milhões de contrapartidas, mas o consórcio OAS Grêmio, nós estamos falando que foram condenados eu acho que em R$ 12 milhões da OAS e R$ 37 milhões do Grêmio”, continuou Muzzi.

“A WTorre, do Allianz, a contrapartida dele é no meio da cidade de São Paulo, ao lado de um shopping. Um estádio talvez um pouquinho maior que o nosso, no meio da cidade, com R$ 18 milhões de contrapartida. O Independência nem se fala”, afirmou.

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“Todos nós conhecemos bem, eu acho que a contrapartida era construir um centro comunitário. E isso venceu. Foi condenado até 2016. Não tinha feito. Foi alugada uma sala pra comunidade que era a contrapartida. Então, quer dizer, existe um desequilíbrio nisso muito grande”, falou.

Contrapartidas são necessárias

Apesar das críticas, Bruno Muzzi reconheceu que o poder público deve ser recompensado por ceder um espaço público para a construção de qualquer estádio.

“É claro que as contrapartidas são necessárias, sou defensor que todo empreendimento tem que ter as contrapartidas. Agora, elas precisam ter um certo equilíbrio”, opinou.

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“Imagina o Anel Rodoviário com a Via Expressa. Há quantos anos não existe ligação ali? Então, obviamente que a gente vai ter que fazer alguma coisa, mas é um benefício para a cidade, não é só para a Arena”, finalizou.

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