Crônica: Xôxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente
Em vitória apática, Aaron Rodgers e companhia tem dificuldade em emplacar ritmo no Packers
Em vitória apática, Aaron Rodgers e companhia tem dificuldade em emplacar ritmo no Packers
Existe um comportamento em ricaços que me deixa perplexo e desacreditado: o ato de colecionar de carros. Não é difícil apreciar um carro bom de se dirigir – quem já teve a oportunidade de dirigir uma Mercedes ou uma BMW sabe o quão prazeroso é pilotar essas máquinas -, então pra mim não faz sentido você comprar uma máquina absurda para deixar parada na garagem.
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Mas essa é a exata energia que o Green Bay Packers me passa.
Um time perdido em si mesmo
Todo e qualquer time de quaisquer esportes que existam no planeta Terra precisam de algo único em suas equipes: a sua essência. A raça, a identidade. Em algumas equipes, ela é incrustada no escudo, no peso da história que aquele time carrega. Em outras, é uma cultura trazida de fora, por um técnico ou atleta, mas que logo pega no resto da equipe. Em ambos os casos, existe uma constante: o time se encontra em campo e sabem quem eles são.
E nesse quesito, o Green Bay Packers me relembra um transformer alcoolizado: repleto de armas mortais, mas sem a menor noção ou cabeça de como usar – e que de vez em quando causa um estrago.
A essência de Green Bay
Não me entenda errado, querido leitor: longe de mim emplacar que o Packers é um time ruim. Não existe cenário lógico onde um time com uma campanha 7-1 é ruim. Mas é um time sem espírito. E isso é uma luz amarela no painel do torcedor.
Diversos passes mal encaixados, ritmos completamente fora de compasso, oportunidades mal aproveitadas e erros chulos são um resumo rápido do que assistimos durante toda essa partida. Tenho como lance simbólico as duas últimas descidas de ataque que o Packers emplacou no jogo: fracassadas por pura desorganização dos WRs do time que não sabiam o que fazer em campo.
A temporada passada foi logo ali
A última vez que vimos um Packers tão descompassado assim não foi tão longe: foi no dia 24 de Janeiro de 2021. Um Packers descoordenado que não conseguia acertar uma constante no jogo e foi derrotado justamente por este fator: a falta de uma sincronia no time travou o que devia ter sido uma corrida – sim, querido torcedor do Packers, estou lhe relembrando daquela quarta descida.
Por fim vale reiterar que essa partida foi muito mais uma derrota do Cardinals do que uma vitória do Packers. Qualquer olho minimamente atento consegue perceber que no último drive da partida o Packers queria entregar, porém o Cardinals não queria receber.
Por favor, evitem jogar pedras na janela de minha casa.
Aguardem cenas do próximo capítulo.
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