Em sua décima temporada pelo Timão, Cássio projeta mais anos de carreira pela frente
Caso nada excepcional ocorra, Cássio se tornará neste sábado (2), o sétimo jogador com maior número de jogos pelo Corinthians. O goleiro já fez 549 partidas e está apenas uma de igualar Cláudio, ex-atacante do clube.
Apesar de evitar definir metas, Cássio deixou claro que pensa em continuar jogando até os 40 anos e com isso bater mais recordes pelo Timão.
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“A gente fica feliz com os números, décima temporada pelo Corinthians, atingindo metas, com ajuda de muita gente, sempre tem alguém, aqui muita gente me ajudou, mas é difícil falar sobre futuro, metas. Me sinto muito feliz, de estar tanto tempo aqui, pra mim, o maior clube do futebol brasileiro, só quem está aqui sabe o que é vestir essa camisa, representar uma nação.
Eu cheguei aos 10 anos pensando ano a ano. Para goleiro, tenho bastante coisa ainda, pra goleiro tem um treinamento diferente, eu tenho em mente jogar até os 40 anos, lógico, me cuidando dentro e fora de campo, com desempenho, brigando por títulos, mas prefiro focar ano a ano.
A gente olha para trás, vê o que a gente construiu, vê que valeu a pena cada sacrifício, estar aqui te motiva a melhorar mais, a bater recordes, e a gente aqui é movido… não que eu desmereça quem fez história aqui, todos ajudaram a fazer história, mas prefiro pensar ano a ano”, afirmou Cássio em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (1).
Confira outros trechos da coletiva de Cássio
Recordes pelo Corinthians
“Confesso que até hoje não tenho noção, pra mim, vejo com uma coisa boa até pra gente se dedicar, continuar almejando, isso ajuda a bater metas, eu sempre penso ano a ano, e estou na décima temporada, e quando você trabalha, as coisas vão acontecendo. Algumas vezes eu atingi metas que a assessoria me passou e eu nem sabia”.
Títulos na próxima temporada
“Se tratando de Corinthians, temos de pensar em 2021, a pressão ainda é esse ano, mas acho que é jogo a jogo, chegaram jogadores de qualidade, mas temos de pensar jogo a jogo. Essas equipes que você citou, o Palmeiras vem jogando há um bom tempo junto, o Flamengo também. A gente está conhecendo os jogadores, Sylvinho tem feito um grande trabalho. O time tem evoluído, mas temos de pensar jogo a jogo. Não dá para pensar em como vai ser o ano que vem se ainda temos muitas partidas pelo Brasileiro”.
Pressão nas redes sociais
“Eu sou um pouco ativo, vai. Gosto de postar algumas coisas, mas vejo muito pouco, sobre o termômetro, como está a situação, acho que minha mulher sabe muito mais que eu nesse sentido (risos), vejo muito pouca coisa. Acho que é diferente, a torcida do Corinthians é diferente, estou a quase 10 anos aqui, peguei muitos jogos, já peguei fases que a gente não estava bem e nunca vi a torcida ficar xingando jogador durante o jogo. E praticamente todos que joguei contra eu vi muito isso. Cada um tem direito de ter sua opinião, mas eu não fico muito procurando ou vendo o que estão falando. Lógico que converso com as pessoas sobre o que está acontecendo, não só do Corinthians, mas não me apego muito ao que está acontecendo nas redes sociais”.
Chegada de Carlos Miguel
“O Carlos chegou, um menino muito legal, chegou disposto a treinar, tem se dedicado muito, um pouquinho maior que eu (risos), não tinha pegado um goleiro maior que eu no clube, acho que teve o Yago, da base, tem uma altura parecida. Conheci a história dele, é um guerreiro, que tem se superado, eu tenho tentado ajudar, agregar, chegou com vontade de evoluir, e o grupo ganha. Chegar jogadores com esse perfil é muito legal”.
Até onde o Corinthians pode chegar?
“Claro que chegaram quatro jogadores de Seleção, automaticamente, a qualidade do elenco aumenta, os resultados, estamos num ponto hoje de classificação pra Libertadores, confiantes com os resultados, confiantes com o Sylvinho, o Corinthians vem forte. Já pegamos times com menos qualidade, mas conseguimos ser campeões brasileiros, caso de 2017, então, o Corinthians nunca pode ser subestimado. Todo mundo tem evoluído, são jogadores comprometidos, dentro e fora de campo, temos de pensar jogo a jogo. Não adianta fazer projeção. Nossa próxima final é amanhã, tentar fazer um grande jogo, tentar fazer um resultado. Mas temos metas, objetivo, temos de ir lá tentar sair com a vitória”.
Jogo com os pés
“A gente tem de ter a cabeça aberta, a mentalidade de estar sempre evoluindo. No meu ponto de vista, o futebol do goleiro era um estilo de jogo no Brasil até a Copa do Mundo no Brasil (2014). Depois que o Neuer veio, mudou o estilo do futebol brasileiro. É difícil falar, não é um confronto, mas se pegar meus números quando era o professor Tiago Nunes, vai ver que os meus eram muito bons. É difícil porque existe um pouco de preconceito brasileiro nesse sentido de jogar com os pés, vejo até em transmissão. O goleiro acerta 10 passes, dá assistência, mas na primeira que erra é questionado.
Falo até para abrir esse cenário de conversa, de debate. Vejo jogos da Europa e vejo que valorizam mais os passes que o cara conseguiu do que os que o cara errou. Eu, quando comecei a treinar mais isso, com Tiago Nunes, comecei a ver lances de Neuer, Ter Stegen, Alisson… Você tem que evoluir. Tenho um treinador de goleiro que me cobra muito, a gente tenta acertar essa saída de bola, acelerar o jogo, mas futebol é evolução. Tenho muito a evoluir, tenho a cabeça aberta para evoluir e crescer”.
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