Sandro Meira Ricci questinou quando os clubes e a CBF vão atuar na causa do real problema da arbitragem brasileira
O ex-árbitro e agora comentarista de arbitragem da TV Globo, Sandro Meira Ricci, ironizou a postura do presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, com relação aos pedidos feitos pelo dirigente para a escala de árbitros do Brasileirão – o Galo disputa o título da competição com o Flamengo, e nas últimas rodadas, ambos os clubes reclamaram de supostos erros.
“Primeiro pediram só árbitros FIFA nos jogos do Atlético MG e Flamengo. CBF atendeu e deu problema! Agora pediram que os árbitros não sejam cariocas nem mineiros”, começou Sandro Meira Ricci, se referindo aos pedidos se Sérgio Coelho à CBF.
“Se a Comissão de Árbitros continuar cedendo à pressão dos clubes, vai ter que trazer árbitro de fora do Brasil pra apitar”, sugeriu Ricci, que completou. “Quando é que a CBF, a Comissão de Árbitros e os Clubes vão atuar na causa do problema (falta de treinamento e de respeito aos árbitros) e parar de atuar na consequência (erros de arbitragem a cada rodada)? #NAOESTATUDOBEM”, disparou o comentarista da ‘Central do Apito’.
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Em nota oficial divulgada no início da semana, após a derrota por 2 a 1 para o Atlético-GO, o Galo informou que protocolou junto à CBF sua insatisfação em relação à arbitragem do Brasileirão. Veja a nota na íntegra:
“O Atlético informa que vai protocolar, hoje, dia 18 de outubro, reclamação na Ouvidoria da CBF, nos seguintes termos:
1. Cobrar para que sejam adotados os mesmos critérios da arbitragem em relação a lances praticamente idênticos. Na 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, por exemplo, lances equivalentes de bola no braço, dentro da área, tiveram decisões completamente díspares (Chapecoense x Fortaleza; Palmeiras x Internacional; e Atlético-GO x Atlético);
2. Cobrar para que o Galo tenha acesso aos áudios do VAR, relativamente aos lances de pênaltis não marcados nas partidas Atlético-GO x Atlético; e Atletico x Santos;
4. Apelar para o bom senso, solicitando à CBF que não escale nenhum árbitro do RJ (nem mesmo auxiliar do VAR) em jogos do Atlético, tampouco representantes de MG, em jogos do Flamengo. Registre-se que, dos últimos 16 jogos do Galo, 12 tiveram representantes da federação carioca nas funções de VAR, AVAR ou Observador do VAR.”