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O comentarista da Globo cobrou mais reflexão e citou o episódio com a ginasta Simone Biles nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Neymar surpreendeu o mundo do futebol ao revelar, durante entrevista para o documentário ‘Neymar and the Line of Kings’, produzido pelo DAZN, que a Copa do Mundo de 2022, no Catar, deve ser a sua última – o camisa 10 estará com 30 anos e ainda terá 34 anos no mundial de 2026. Durante entrevista ao podcast ‘Flow Sports Club’, o comentarista Caio Ribeiro, da TV Globo, falou sobre a declaração do atacante.
O ex-jogador revelou que já sabia da decisão do Neymar e explicou que ele está incomodado com a forma como é tratado por parte da imprensa. “Não me surpreendeu [a declaração sobre ser a última Copa do Mundo], a gente já sabia que ele estava cansado, mentalmente cansado. Externar isso, dá essa repercussão toda, mas internamente a gente sabe o quanto ele está incomodado com todas essas perseguições.”
Caio Ribeiro ainda afirmou que esperava que a pandemia trouxesse mais reflexão sobre saúde mental, e chegou a citar o episódio envolvendo a ginasta norte-americana Simone Biles, que desistiu de competir em algumas provas nos Jogos Olímpicos de Tóquio para preservar sua saúde mental.
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“O jogador sabe quando ele joga mal. O Neymar saiu do jogo contra a Colômbia sabendo que ele não foi bem e que joga muito mais do que ele jogou. Minha função é dizer exatamente isso ‘o Neymar não está bem e ele deveria ter sido substituído, mesmo sendo difícil tirar o craque do time’. Ele está cansado disso tudo. Eu gostaria muito que a pandemia trouxesse um pouco mais de reflexão quanto a esse tipo de análise. Queria o mesmo carinho que olham pra Simone Biles, na hora que ela pede pra não disputar tantas provas olímpicas onde ela favorita em todas e gera essa discussão, vamos olhar com o mesmo lado humano para o Neymar também. Vamos olhar pra todos eles da mesma maneira, porque são atletas de alto nível. Não vamos esquecer que antes do atleta existe o ser humano, e que ele é passível de erro. Todo mundo falha um dia”, acrescentou.
“Hoje, eu como comentarista, busco um posicionamento diferente da maioria. “Ah hoje os treinamentos são todos fechados”, mas a Itália abre? A Inglaterra abre? O Manchester City abre? Só a imprensa quer que abra, e na hora que você divulga, você está dando arma para o seu adversário. A minha relação com a imprensa era muito mais aberta, existia muito mais proximidade com os jornalistas, mas é uma construção. Por que o jogador é metido? Você já se perguntou o motivo dele não querer falar com você? Eu converso com os jogadores. Quando eu preciso ligar pra um deles, eles me recebem com o maior prazer do mundo. Isso é construção. Talvez seja assim porque eles sabem que, quando eles vão mal, eu falo, mas não piso na cabeça deles. A parte da imprensa que reclama, é a primeira a dar porrada, e depois quer uma exclusiva. É ação e reação, se você não foi legal, porque o cara tem que ser legal com você?”, completou Caio Ribeiro.
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