Jovens atacantes de Barça e Real são apontados pela La Liga como candidatos a próximas estrelas do El Clasico
É natural que entendamos, aos poucos a dimensão da saída de Lionel Messi do Barcelona. Parte dessa compreensão se dá neste domingo, às 11:45, no clássico contra o Real Madrid. O El Clasico em questão será o primeiro em 12 anos que não terá nem o argentino nem Cristiano Ronaldo nos elencos dos rivais.
Mais importante, porém, do que a ausência das duas maiores estrelas do futebol mundial da última década e meia, é identificar quem serão as próximas referências de Barça e Real nos próximos anos. Isso quem fala é Daniel Alonso Duarte, delegado da La Liga — no caso o grupo que administra o Campeonato Espanhol — no Brasil.
Em entrevista ao podcast “Gringolândia”, do site “ge”, o representante analisou a situação do clássico sem os craques, reafirmando a grandeza dos clubes envolvidos. “Nós dizemos, não de agora, mas nos tempos de Cristiano e do Messi, que o campeonato está acima dos clubes, que estão acima dos jogadores. Os jogadores são ídolos, podem ser fantástico, mas chega a um ponto que por idade ou evolução natural deles, encontram novos desafios ou encerram sua carreira”, comentou.
Uma das provas do tamanho de Barcelona e Real Madrid está no imediato aparecimento de candidatos à “novos Messi e Cristiano Ronaldo”, no caso Vinícius Júnior, dos merengues, e Ansu Fati, dos blaugranas. “(O clássico) Fica diferente, mas fica em um ponto de mudança quase que geracional, com novas estrelas chegando, como o Vinicius e o Ansu Fati, que talvez possam vir a ser a grande rivalidade dos próximos anos”, projetou Daniel.
De fato, os jovens estão entre as maiores promessas dos ataques dos clubes espanhóis e, ao menos em potencial, podem ter a capacidade de mobilizar atenções dentro de alguns anos. Talvez não tanto quanto o argentino e o português até por que os dois, já muito novos, já tinham alcances e números maiores — neste quesito, Mbappé, do PSG, e Haaland, do Borussia Dortmund, despontam como principais candidatos a “substitutos” —, mas com argumentos próprios para serem as referências do El Clasico.
Vinícius Júnior, por exemplo, deu um salto de desempenho em seu terceiro ano no Real Madrid. Participativo e, por vezes, até decisivo. Ele vive a temporada mais artilheira da carreira, com 7 gols e 5 assistências em 11 partidas, além de demonstrar amadurecimento técnico e físico, com jogadas melhor trabalhadas e decididas mais inteligentemente.
Ansu Fati, por sua vez, é apontado, desde que foi promovido ao profissional, em 2020, como a próxima estrela do Barcelona. Aos 18 anos e voltando de uma lesão séria no joelho, ele ainda não deu o salto de Vini Jr, mas já recebeu, de cara, a camisa 10 de Messi quando este deixou o clube catalão.
Nos números, há de fato muita promessa. Quando subiu de La Masia, marcou 5 gols e deu 4 assistências em 10 jogos; em 2021-22, já tem três participações diretas em gol em cinco partidas (dois gols e uma assistência). Se ele, assim como seu “par” brasileiro, conseguirão carregar o peso do El Clasico nas costas, só o futuro dirá. Mas poderemos ver como reagirão com essa responsabilidade neste domingo, às 11:15, no Camp Nou.
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