Caboclo quebrou o silêncio e se pronunciou sobre polêmicas envolvendo seu nome à frente da entidade
Afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por conta de escândalos envolvendo acusações de assédio, o presidente Rogério Caboclo concedeu entrevista à Jovem Pan News na última quarta-feira (27) e acabou chorando em um determinado momento quando como tem convivido com a situação de ser alvo de inúmeras polêmicas.
Em decisão recente, a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro puniu o dirigente com 21 meses de afastamento do cargo de presidência da CBF. Ao comentar sobre as acusações de assédio, Caboclo disse reconhecer o erro no diálogo com a mulher que o acusou, mas afirma “não ser merecedor” do rótulo de assediador.
“Eu vivi nos últimos tempos o que chamaria de choque de realidade, entre o entusiasmo e a euforia de cada dia trabalhado para uma circunstância absolutamente inusitada na minha vida. Sempre fui tido como homem trabalhador, respeitador e educado. De uma hora para outra, me vi envolvido num emaranhado de circunstâncias que eu nunca me imaginei e hoje eu digo que não desejo a ninguém. Todo ser humano é falível. Eu cometi e reconheci o erro que cometi. Mas longe de ser merecedor de um rótulo ou de roupagem de alguém que assedia, que desrespeita. Sou homem de família. Tenho muitas mulheres na minha família. A vida inteira trabalhei com mulheres e jamais vivi nada parecido”, afirmou o presidente afastado da CBF.
Ainda na entrevista, Caboclo seguiu a mesma linha de discurso adotado em poucos pronunciamentos após a polêmica eclodir, e disse que foi vítima de um golpe, afirmando que um dos áudios no qual ele aparece questionando a funcionária se ela se masturbava foi tirado totalmente de contexto.
“Não sou vítima, não quero passar por vítima. Reconheci meus erros, mas estou certo que não cometi assédio. Nunca me insinuei para ela. Que tenham responsabilidade. E os homens mais ainda. Infelizmente, vivemos no momento em que qualquer palavra tirada do contexto ou empregada em uma finalidade política nebulosa — e aí eu não me refiro à funcionária — pode manchar reputações, derrubar cadeiras”, disparou Caboclo.
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