Treinador norueguês quer dosar a utilização do craque português para tê-lo “voando” nos momentos decisivos da temporada
A chegada de Cristiano Ronaldo ao Manchester United representou uma série de pontos de positivos ao clube, elenco e torcedores. Mas um “problema” para o treinador Ole Gunnar Solskjaer. O norueguês tem em mãos um dos melhores jogadores da história, mas que, apesar do excepcional cuidado com a saúde, está em idade avançada (36 anos) para um atleta profissional de futebol.
Assim, o técnico dos Red Devils deseja dosar a energia do craque, pelo menos no início da temporada, para tê-lo nas condições ideais nos momentos decisivos, seja na Premier League, seja na Champions League. Pelo menos foi o que ele revelou ao canal “Sky Sports”, após o jogo contra o West Ham, pela Copa da Liga Inglesa.
A partida da última quarta-feira (22) mostra que, por melhor que a ideia seja na teoria, na prática ela tem sido desastrosa. Na derrota para o clube londrino, por 1 a 0, Cristiano Ronaldo foi poupado e sequer foi ao banco — que na competição é reduzido em relação aos demais campeonatos da temporada — e o Manchester United terminou eliminado.
Na outra oportunidade em que Solskjaer deu seguimento ao seu “plano”, outra derrota, e ainda mais marcante. O jogo foi na estreia da equipe na Champions League, diante do Young Boys, da Suíça. Com o jogo empatado e o United com um a menos, o treinador fez uma troca que seria desastrosa: tirou CR7 e colocou Lingard, que, nos acréscimos, errou um passe próximo à área e “entregou” a vitória aos adversários suíços.
Ao mesmo tempo, na mais recente partida pelo Campeonato Inglês, também contra o West Ham, Ronaldo foi mantido até o final. Lingard também entrou, mas sem que o português saísse e, aproveitando o espaço aberto pelo camisa 7, marcou o gol da vitória, também nos minutos finais.
Ideia de Solskjaer com Ronaldo já foi usada por Zidane
Além de racional, no sentido de dosar as energias de um jogador veterano, o plano de Solskjaer para Cristiano Ronaldo não é nada novo. E já foi bem sucedido. Na chegada de Zidane ao Real Madrid, o português também passou a ser poupado em determinados jogos, em menor medida, é claro.
Mas foi dosando as energias que o atacante chegou inteiro, ou ao menos com mais gás, para os momentos decisivos da Champions League. O resultado foi um poder de decisão incrível do camisa 7, e três conquistas consecutivas, entre 2016 e 2018.
LEIA TAMBÉM
Cristiano Ronaldo é o jogador mais bem pago do mundo
Mãe de Cristiano Ronaldo diz que neto é melhor que o pai