Resumo da quinta: ‘dia campeão’ aproxima Brasil de recorde de ouros
Delegação brasileira em Tóquio, no Japão, já ultrapassou em cinco o número de premiações douradas da edição das Paralimpíadas sediadas no Rio de Janeiro
Delegação brasileira em Tóquio, no Japão, já ultrapassou em cinco o número de premiações douradas da edição das Paralimpíadas sediadas no Rio de Janeiro
O Time Brasil vive um sonho dourado em Tóquio e tem como novo objetivo alcançar o recorde de títulos em uma única edição das Paralimpíadas. Somente nesta quinta-feira (2), a delegação garantiu mais quatro ouros, um deles por W.O., e chegou a 19 premiações máximas no Japão.
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A meta agora é igualar ou superar o número conquistado nos Jogos de Londres-2012, que foi de 21 ouros — maior marca da história. Para isso, terá ao menos duas oportunidades no coletivo, no goalball e no futebol de 5, além da seleção feminina do vôlei sentado que está nas semis.
Já na contagem de todas as medalhas, o Brasil não deve superar a soma de 2016, quando chegou a 72 pódios. A delegação tem 54 premiações no 6º lugar do quadro geral das Paralimpíadas.
Veja o resumo desta quinta:
Invictos pelo ouro
O Brasil segue com sua hegemonia no futebol de 5, para cegos. Mesmo no dia pouco inspirado e sob muita chuva, a seleção avançou à sua quinta final consecutiva com a ajuda de um gol contra que sacramentou o placar contra Marrocos na semi.
Os adversário da equipe tetracampeã paralímpica será a Argentina, mesma rival da decisão do Mundial da modalidade, em 2018. Os brasileiros venceram por 2×0 naquela oportunidade e asseguraram a passagem para Tóquio. A briga pelo ouro acontece no sábado (4), às 5h30 (Brasília).
Natação vitoriosa
Na briga saudável com o atletismo para ser a modalidade mais bem-sucedida dos Jogos deste ano, a natação voltou a se destacar, nesta quinta. Mesmo com apenas dois pódios no dia, ambos foram no lugar mais alto e com o hino sendo tocado em terras nipônicas.
A primeira foi com Talisson Glock, que disputou 400m estilo livre na classe S6 e levou a melhor. Foi a sua terceira medalha nesta edição e a segunda na categoria individual. Antes da prova de hoje, ele havia chegado em terceiro no revezamento 4x50m livre e nos 100m livre.
Gabriel Araújo, o “Gabrielzinho”, também ficou com o segundo ouro em Tóquio nos 50m costas na prova que foi disputada no começo desta manhã. Em entrevista, ele disse que tinha tudo sob controle na decisão que venceu com folga: “Minha prova principal. Eu tinha tudo mapeado”.
Titulo na estreia
Bem como no skate olímpico, o Brasil estreou o taekwondo com medalha em Tóquio. A modalidade que faz sua primeira aparição nos Jogos Paralímpicos teve Nathan Torquato como campeão da classe K44, na categoria até 71kg.
Ele passou das semifinais após bater o russo Danill Sidorov e não precisou lutar a decisão porque o seu adversário Mohamed Elzavat, do Egito, não se recuperou de uma lesão no rosto. O duelo terminou com W.O. a favor do brasileiro.
Favoritismo confirmado
Alessandro Rodrigues ostentava o título do lançamento de disco da classe F11 e só confirmou o favoritismo com mais um ouro em Paralimpíadas. Não suficiente, o competidor ainda atualizou o próprio recorde paralímpico com a nova marca de 43.16m.
Ainda no atletismo, Marivana Oliveira (classe F35) ficou com a prata no lançamento de peso ao arremessar para 9.15m. Já Mateus Evangelista fechou com o bronze no salto em distância T37, com 6,05m registrados.
Derrota doída
O Brasil teve a chance de se classificar para a final inédita do goalball,na categoria feminina, mas viu a vaga escorrer pelos dedos diante dos Estados Unidos. Depois de surpreender a favorita China nas quartas, a seleção se superava mais uma vez com o placar de 2×1 até os últimos 15 segundos de jogo, quando começou a reviravolta.
Amanda Dennis acertou seu lançamento e levou a partida para o tempo extra. Sem gols nos seis minutos de prorrogação, o encontro foi para os pênaltis e os Estados Unidos venceram por 3×2. As brasileiras vão tentar o bronze contra o Japão às 1h30 (Brasília) desta madrugada.
Virada e frustração
Outro time que terá que se contentar com a disputa do bronze será o do vôlei sentado na categoria masculina. O Brasil passou na frente no primeiro set e ficou esperançoso com a vaga na final, mas perdeu todas as parciais seguintes na derrota por 3×1.
O terceiro lugar será decidido na partida marcada para sábado (4), às 2h. Os adversários serão os atletas da delegação da Bósnia, que perderam por 3×0 na outra semifinal, contra o Irã.
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