Nadador de 33 anos encerrou sua carreira brilhante nas piscinas na final dos 50m estilo livre, nesta quarta-feira (1º), nos Jogos Paralímpicos de Tóquio
Daniel Dias disputou sua última prova como atleta paralímpico e terminou na quarta posição dos 50m livre, nesta quarta-feira (1º). Aos 33 anos, o maior competidor da história do Time Brasil foi superado pela trinca chinesa na decisão pela medalha.
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Os chineses foram os protagonistas da disputa em Tóquio e formaram o pódio com Tao Zheng (30.31), Weiyi Yuan (31.11) e Lichao Wang (31.35). Daniel bateu logo na sequência, com tempo de 32.12.
O brasileiro havia se classificado com o terceiro melhor tempo na etapa de classificação, que aconteceu no começo da noite de ontem. Com 32.65, só ficou atrás de Weiyi Yuan (31.30) e Tao Zheng (31.81), ambos representantes da delegação da China.
O maior de todos
Daniel Dias estreou nos Jogos de 2008, em Pequim, em alto nível e já apontava, naquela época, que se preparava para ser um dos maiores da natação. Somente na China, foi campeão em quatro provas, vice em outras quatro e bronze uma vez apenas.
Mais experiente, voltou a competir na Inglaterra, que é o berço do esporte paralímpico, e não voltou para casa com medalhas de outra cor a não ser a dourada. Ao todo, foram incríveis seis ouros e uma série de recordes mundiais quebrados naquela edição. Seus resultados já o colocavam ao lado de Clodoaldo Silva no panteão dos craques da piscina.
E se competir em Paralimpíadas já é especial, competir em casa, então, é ainda mais. Na Rio-2016, “Danielzinho” não cansou de subir no pódio e ficou quatro vezes na primeira colocação. Ele ainda levou três pratas e dois bronzes.
Em Tóquio, Daniel Dias foi ao pódio três vezes, sempre no terceiro lugar. No individual, ele levou o bronze nos 200m estilo livre S5 e nos 100m S5, também estilo livre. Por equipes, faturou a medalha no revezamento 4x50m livre até 20 pontos.
Seu saldo em Paralimpíadas fechou com a conta extremamente positiva de 14 ouros, sete pratas e seis bronzes. A nova geração puxada por Wendell Belarmino, Gabriel Bandeira, Mariana Ribeiro e Lucilene Sousa terá a responsabilidade de continuar o legado do maior de todos nas piscinas.
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