Confronto entre Verdão e Galo é também entre dois projetos que envolvem grandes aportes financeiros de figuras importantes no dia-a-dia do clubes
Nesta terça-feira (21), começam as semifinais da Copa Libertadores 2021. A primeira “perna” será protagonizada por Palmeiras e Atlético-MG, que jogam às 21:30, no Allianz Parque, em São Paulo. O jogo, que promete pelas estrelas que reunirá em campo e por colocar frente a frente os dois primeiros colocados do Brasileirão, também marca um duelo de bastidores, entre os “mecenas” dos clubes.
Afinal, Verdão e Galo testam não só suas competências técnicas, mas também seus projetos de gestão que, apesar de diferentes, têm em comum o enorme aporte financeiro de figuras hoje importantíssimas em seu dia a dia. Estamos falando, claro, de Leila Pereira e Rubens Menin.
Leila, dona da Crefisa, instituição financeira que é a patrocinadora master do Palmeiras, é a responsável pela velocidade com a qual o clube paulista saltou de uma reestruturação para um posto de protagonismo no futebol nacional.
Já Rubens é o principal acionista da MRV, construtora que é patrocinadora e parceira do Atlético-MG, além de investidor “pessoa-física”, que permitiu que o clube, mesmo acumulando uma dívida que ultrapassa o R$ 1 bilhão, desponte como um dos principais candidatos a “papa-títulos” da atual temporada.
As diferenças entre os “mecenatos” de Palmeiras e Atlético-MG
Ainda que Leila e Menin, ambos bilionários, sejam figuras essenciais para os estados atuais de Palmeiras e Atlético-MG, eles atuam de maneiras diferentes nos clubes. Até porque estão em momentos diferentes em seus projetos.
A empresária é patrocinadora do clube alviverde desde 2015, entrando na vida deste após um biênio de reestruturação financeira total. Entre 2013 e 2014, Paulo Nobre, então presidente palmeirense, injetou mais de R$ 200 milhões do próprio bolso, para cobrir as dívidas e fornecer uma espécie de “recomeço” ao clube.
De certa forma, Nobre é mais “mecenas” do que Leila. Esta, no entanto, não é menos “benevolente”. Além de manter um pagamento de patrocínio que, segundo ela, é acima do valor de mercado — e que faz com que o Palmeiras tenha o maior faturamento de marketing do futebol brasileiro —, ela bancou mais de R$ 160 milhões, em empréstimos, para a contratação de mais de 30 jogadores.
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Do lado do Atlético-MG, Rubens Menin é uma espécie de junção entre o que são e foram Paulo Nobre e Leila Pereira para o Palmeiras. Atuando tanto como investidor quanto um consultor, o empresário injetou mais de R$ 300 milhões em contratações do clube, mas sem este ter passado por qualquer período de “recuperação financeira”.
Assim, o Galo vive um momento de “venture capital”, aumentando ao mesmo tempo o dinheiro investido e a dívida acumulada, que já passa do R$ 1 bilhão. A aposta deste “investimento de alto risco”, no caso, é justamente nos rendimentos advindos do protagonismos em campo (prêmios, patrocínios, marketing) e no faturamento previsto (mais de R$ 100 milhões anuais) com a Arena MRV, o estádio próprio do clube que só deve ficar pronto em 2023.
Sejam como for seus “mecenatos”, Leila e Menin sabem que a semifinal entre Palmeiras e Atlético-MG será decisiva, ou ao menos de grande importância, para os seus projetos.
A primeira tem muito ganhar, com a “paz” de um possível título internacional para aquele que deve ser o primeiro ano de seu mandato como presidente do clube, em 2022; o segundo também tem o que ganhar, mas também muito o que perder, especialmente o dinheiro a ser faturado com premiações e o que mais a “Glória Eterna” render aos cofres do clube — e ao seu bolso, futuramente.
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