Home Torcedoras Mulheres afegãs são proibidas de praticar esportes pelo Talibã: “Não é necessário que joguem”

Mulheres afegãs são proibidas de praticar esportes pelo Talibã: “Não é necessário que joguem”

Vice-diretor de cultura do Talibã diz que mulheres não podem praticar esportes pois ‘estarão em uma situação onde seus rostos e corpos não estarão cobertos’

Paulo Foles
Paulo Foles atua como redator do Torcedores.com desde 2018. Neste período, cobriu grandes eventos esportivos, incluindo a Copa do Mundo e Olimpíadas. Com passagem em "Futebol na Veia", "Esporte News Mundo", "The Playoffs" e outros, tem como foco o futebol brasileiro e internacional, além de experiências com NBA e NFL.

Vice-diretor de cultura do Talibã diz que mulheres não podem praticar esportes pois ‘estarão em uma situação onde seus rostos e corpos não estarão cobertos’

O Talibã reassumiu o controle do Afeganistão recentemente. Com isso, alguns setores da sociedade são extremamente prejudicados pelas leis impostas pelo grupo terrorista, principalmente mulheres, que perdem diversos direitos básicos.

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Em entrevista à TV australiana SBS e divulgada pelo jornal britânico “The Guardian”, o vice-diretor de cultura do Talibã, Ahmadullah Wasiq, falou sobre a prática do críquete, esporte que atrai muitos fãs e é popular no país. Ele deixou claro que mulheres serão proibidas de praticar qualquer tipo de modalidade.

“Não acho que as mulheres serão autorizadas a jogar críquete porque não é necessário que mulheres joguem críquete. No críquete elas estarão em uma situação onde seus rostos e corpos não estarão cobertos. O Islã não permite que as mulheres sejam vistas assim. É a era da mídia, haverá fotos e vídeos, e as pessoas irão assistir. O Islã e o Emirado Islâmico não vão permitir que as mulheres joguem críquete ou qualquer esporte em que sejam expostas”, declarou ele.

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A federação afegã de críquete se pronunciou e disse ao The Guardian que não ficou ciente da posição oficial do Talibã. Segundo a mesma fonte, o programa de formação para garotas já não existe e há relatos de atletas escondidas buscando fuga do país.

O radicalismo está muito presente nas pautas do Talibã, todas defendidas por questões religiosas. Eles já ensaiaram ter discursos mais moderados, mas a prática segue sendo de exclusão de direitos fundamentais para mulheres na sociedade.

Entenda a situação do Talibã

O Talibã dominou o país durante a década de 90 e tinha como marca a forte opressão às mulheres, que não podiam trabalhar e nem sair de casa sem a permissão do marido, além de ter que usar burca em todas as situações do cotidiano. Caso as regras fossem quebradas, elas seriam humilhadas e espancadas em público.

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Em 2001, os Estados Unidos expulsaram o grupo extremista do Afeganistão. Porém, em agosto, o Talibã voltou à capital do país, Cabul, 20 anos após ser expulso pelas tropas americanas. A retomada da cidade se deu em meio à retirada dos militares dos EUA do país.

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