Julgamento do ‘’Caso Celsinho’’ tem data definida pelo STJD; Brusque responderá por ‘ato discriminatório’
Brusque e o conselheiro Júlio Antônio Peterman foram enquadrados no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e serão julgados na próxima sexta-feira
Brusque e o conselheiro Júlio Antônio Peterman foram enquadrados no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e serão julgados na próxima sexta-feira
Celsinho, meia do Londrina, terá seu caso de injúria racial julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na próxima sexta-feira, a partir das 10h. No processo por ‘’ato discriminatório’’ responderão o clube Brusque e um conselheiro.
As ofensas direcionadas ao meia ocorreram no dia 28 de agosto, em partida da 21ª rodada da Série B. Celsinhou afirmou que havia sido taxado de ‘’macaco’’ por um membro da comissão do Brusque. O árbitro da partida, Fábio Augusto Santos Sá, anotou em sua súmula da partida que o meia ouviu a frase ‘’vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha’’ no fim da primeira etapa. O autor da ofensa foi identificado como o conselheiro Júlio Antônio Petermann.
Nas redes sociais, o Londrina divulgou um vídeo em que o grito de ‘’macaco’’ vindo de fora do campo é notório. Celsinho seria o jogador em campo vítima do racismo. O post do Tubarão se deu por conta da postagem do Brusque que havia soltado uma nota insinuando que o meia Celsinho estava sendo oportunista. Mais tarde, o Brusque se desculpou pelo texto.
Brusque e o conselheiro do clube foram enquadrados pelo STJD no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.”
O valor da pena pode variar entre R$100 a R$100 mil para o clube catarinense. Além de uma suspensão de 120 a 360 dias para o conselheiro. O Brusque também será julgado pelo artigo 191. Os valores da penalização são os mesmos.
O meia Celsinho já havia sofrido com o racismo na Série B do Campeonato Brasileiro. Diante dos adversários Remo e Goiás, o jogador foi alvo de ofensas racistas.
‘’É muito desconfortante porque a única coisa que faço é ir para o estádio, jogar futebol, fazer o que mais amo, que é a minha profissão, e ter que encontrar criminosos que acabam cometendo esses crimes em um espaço que eu sempre fui feliz. E as pessoas ainda acharem que isso é normal, me rotularem como se eu fosse um aproveitador de toda essa situação’’, declarou o jogador.
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