HISTÓRICO! Thiago Paulino vence o arremesso de peso F57 e Brasil iguala recorde de ouros
Prova ainda teve outro brasileiro, Marco Aurélio Borges, com a medalha de bronze
Prova ainda teve outro brasileiro, Marco Aurélio Borges, com a medalha de bronze
Numa prova histórica, o Brasil conseguiu ouro e bronze no arremesso de peso F57 (para atletas cadeirantes) nas Paralimpíadas de Tóquio. Thiago Paulino levou a medalha de ouro, com a marca de 15,10m. Marco Aurélio Borges ficou o bronze, com 14,85m.
QUADRO DE MEDALHAS: Brasil segue firme entre os 10 primeiros!
O feito de Thiago ajudou o Time Brasil a igualar sua melhor campanha em Paralimpíadas, com 21 medalhas de ouro, mesmo número obtido em Londres-2012. No Rio-2016, foram 14 medalhas de ouro.
Teste de paciência
A prova foi longa, com quase de três horas de duração. Como os atletas arremessam amarrados a um assento, todos fazem suas tentativas de uma vez só. Marco Aurélio, o Marcão, foi o 12º dos 15 atletas a tentar.
E ele assumiu a liderança logo em sua primeira tentativa, com 13,98m. Mas era pouco, e na terceira tentativa, marcou o novo recorde paralímpico, com 14,85m. Depois, não conseguiu mais melhorar.
Marcão, de 43 anos, disputa as Paralimpíadas pela terceira vez. No lançamento de disco, ele havia sido nono colocado em Pequim-2008 e sexto em Londres-2012. Depois dele, veio o polonês Janusz Rokicki, que conseguiu só 13,53m. O bronze já estava garantido.
O último foi o primeiro
O penúltimo a se sentar para os arremessos foi o chinês Guosham Wu, ouro no Rio-2016. Ele foi esquentando e, na quarta tentativa, marcou 15,00m. Recuperou o recorde paralímpico e assumiu a liderança da prova.
Então enfim chegou a vez de Thiago. Impaciente, o recordista mundial da classe discutiu bastante com os fiscais até conseguir se instalar no assento. E, logo no primeiro arremesso, já garantiu medalha, com 14,77m. Mas era pouco, e logo na segunda chance ele marcou 15,10m, garantindo o ouro e o novo recorde paralímpico.
Thiagão, como é conhecido, ainda tentou algumas vezes quebrar o próprio recorde mundial, de 15,26m, sem sucesso. Mas nem precisava: depois do quinto lugar no Rio-2016, o paulista de Orlândia, 35 anos, já tinha inscrito sem nome da história das Paralimpíadas.
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