A poucos dias do encerramento das disputas em Tóquio, Brasil se despediu de sua maior lenda dos Jogos Paralímpicos nesta quarta-feira (1º) de seis medalhas
O Time Brasil segue firme e forte dentro do top 10 do quadro de medalhes das Paralimpíadas e conquistou mais seis para engordar seu saldo na edição de Tóquio. Mas além das premiações, o momento que emocionou a todos neste oitavo dia de competições foi a despedida de Daniel Dias, na natação. Confira o resumo:
Paralimpíadas de Tóquio 2020: Confira o quadro de medalhas completo
Para sempre, Daniel
Não é todo dia em que o esporte se despede de uma lenda como o brasileiro Daniel Dias, da natação. Esta quarta-feira (1º) marcou o adeus do competidor de 33 anos das piscinas paralímpicas depois de quatro edições e uma infinidade de medalhas e recordes quebrados.
Daniel se apresentou na final dos 50m livre e, apesar da quarta colocação na prova que foi dominada por chineses, o 14 vezes campeão chorou, mas de felicidade: “Só tenho que agradecer a Deus pelo dom que me deu. Agradecer minha família. A cada braçada é para eles. O papai está chegando em casa”.
O maior atleta paralímpico do Brasil de todos os tempos encerra, assim, a sua carreira com o saldo impressionante de 27 medalhas, sendo 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze. Em Tóquio, foram três pódios no terceiro lugar e dois deles na categoria individual.
Não tem pra ninguém
Busca-se rival na natação feminina! A brasileira Carol Santiago está imparável nas águas e faturou o seu terceiro ouro somente nesta edição das Paralimpíadas. Ela disputou a prova dos 100m peito, nesta manhã, e chegou em primeiro lugar com quase três segundos de vantagem sobre a russa Daria Lukianenko (1:17.55).
Sua marca de 1:17.55 atualizou o recorde paralímpico, que estava em vigência desde 2012, quando os Jogos foram sediados em Londres. Nenhuma outra mulher do Brasil foi tantas vezes campeã num único ano como Carol Santiago, com três títulos.
Bocha representando
Maciel Santos voltou a ocupar um lugar entre os três melhores desde seu ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016, com o bronze nesta quarta-feira (1º). Ele bateu o tailandês Worawut Saengampa por 4 a 3 e venceu a briga pelo pódio no Japão.
Além dele, José Carlos Chagas também passou pelo seu oponente na decisão do bronze e venceu com folga pelo placar de 8 a 2. O triunfo em cima do português André Ramos foi a primeira medalha do Brasil na categoria BC1, para atletas que podem contar com o auxílio de ajudantes antes do lançamento da bola.
Primeira sozinho
Talisson Glock pôde comemorar sua segunda medalha nas Paralimpíadas de Tóquio, primeira na categoria individual na natação. Ele repetiu a colocação do revezamento 4x50m livre e voltou a assumir o terceiro lugar nas disputas dos 100m livre S6.
Depois da premiação, Glock disse que enfrentou problemas com o peso durante o período mais rígido do isolamento na pandemia do covid-19: “Engordei bastante. Eu tenho essa tendência. Estou até hoje tentando recuperar esses quilinhos aí”.
Surpresa no goalball
O Brasil tinha apenas uma vitória na categoria feminina do goalball e enfrentou a China, dona da melhor campanha do Grupo C, com três êxitos e apenas uma derrota. E apesar das asiáticas terem o favoritismo simbólico da partida, quem levou a melhor foi a nossa seleção.
A partida foi bastante disputada e o Brasil tinha uma leve vantagem no número de arremessos no final do tempo regulamentar (106 x 99). Sem nenhuma penalidade durante três etapas de jogo, incluindo a prorrogação, o placar só foi mexido depois da infração chinesa por longball.
Ana Carolina Duarte fez o gol de ouro no encontro e classificou a equipe para as semifinais, cujo adversário será os Estados Unidos, nesta quinta (2), às 7h30 (Brasília). Na primeira fase, as duas seleções se encontraram e as norte americanas levaram a melhor pelo placar de 6×4.
Vôlei invicto no feminino
A categoria feminina do vôlei sentado segue sem perder nas Paralimpíadas. As mulheres entraram em quadra na partida válida pela última rodada da fase de grupos e só confirmou a melhor campanha de sua chave, com três derrotas e apenas três sets perdidos.
O jogo foi contra a Itália e terminou em 3 sets a 1 para as brasileiras. Agora a seleção enfrenta os Estados Unidos (duas vitórias e um empate) na semifinal que acontece na sexta-feira (3), às 6h30 (Brasília).
Raquete de bronze
Apesar da derrota nas semifinais para a Polônia, a equipe do Brasil composta por Jennyfer Marques, Danielle Rauen e Bruna Alexandre garantiu o bronze no tênis de mesa. O grande destaque dos confrontos, dupla e individual, foi para Natalia Partyka, que também é atleta olímpica, além de cinco vezes campeã das Paralimpíadas.
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