Abel Ferreira justifica escalação sem jovens contra o Atlético-MG e aponta o que vai levar o Palmeiras para a final da Libertadores
Com o resultado do primeiro jogo, o Palmeiras precisa de qualquer empate com gols para avançar à final da competição pelo segundo ano consecutivo
Com o resultado do primeiro jogo, o Palmeiras precisa de qualquer empate com gols para avançar à final da competição pelo segundo ano consecutivo
O Palmeiras entrou em campo para enfrentar o Atlético-MG pela semifinal da Copa Libertadores, no Allianz Parque, sem nenhum dos jovens promovido das categorias de base do clube e que se destacaram na conquista da Tríplice Coroa na temporada passada. Em entrevista coletiva após o empate sem gols, o técnico Abel Ferreira justificou o motivo de ter escalado uma equipe mais experiente.
“Eu olho para o que fazem nos treinos. Não tenho contrato nenhum com experientes ou jovens, jogam aqueles que eu entendo. Sou pago para tomar decisões, às vezes mal e outras bem. O que entendi hoje era que a equipe mais preparada para dar resposta a esse tipo de jogo foi essa. Curiosamente, os jogadores que jogam menos, hoje jogaram”, disse Abel, que ainda completou:
“A cobrança é igual para todos, desde os mais experientes aos mais jovens. Jogar no Palmeiras é único. Quando ganha, é o melhor. Quando não ganha, é um idiota. Quando ganha e jogam os jovens, são os melhores. Quando perde e não jogam eles, é culpa que eles não jogam. Temos que fazer o que acreditamos. Acredito, acima de tudo, nos meus jogadores. Eles confiam em mim, eu confio neles, isso certamente vai nos levar para a final da Libertadores.”
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Segundo o treinador português, a estratégia central do Palmeiras para a primeira partida contra o Atlético-MG foi bem sucedida. “Posso dizer o que queríamos. Nós sabemos que o Atlético tem um lateral que ataca muito, o Arana. E nossas transições eram por lá. Infelizmente não tivemos a capacidade de definir bem. Mas esse era o ponto forte do adversário, eles fazem boa parte dos gols a partir dos cruzamentos do Arana, é um jogador influente daquilo que é o produto final. O Atlético tem uma forma de jogar muito característica”.
“Minha equipe foi muito inteligente sem bola, fomos astutos, perfeitos, uma equipe adulta, que sabe o que quer. Agora, com bola, aí é a questão que temos que ver onde melhorar. Mas isso do ponto forte do adversário era isso, tivemos transições no lado esquerdo. Mas a qualidade das decisões não foram as melhores. Tivemos essa oportunidade, três na primeira etapa. Era essa a nossa ideia, atacar o ponto mais forte do adversário porque é ali que ele dá espaço”, completou.
DECISÃO ABERTA:
Para o treinador palmeirense a decisão de quem ficará com a primeira vaga para a final da Libertadores 2021 ainda está aberta e será definida apenas após o apito final do jogo da volta, no Mineirão, na próxima terça-feira (28).
“O Atlético é uma equipe que faz gol com facilidade, por isso que investiu nos jogadores que investiu para fazer gols. Em cima da sua pergunta, tenho que valorizar o trabalho da minha equipe. No momento de se organizar para defender, fomos inteligentes, astutos, compactos e jogamos com as armas que tínhamos. Nos momentos com a bola procuramos atacar, mas é competência contra competência. Como disse, foi um jogo extremamente equilibrado. Nosso adversário teve uma oportunidade, do pênalti, mas tirando isso empurramos para trás. (…) Fomos capazes de parar o adversário, está tudo aberto”, avaliou.