Goalball, canoagem, taekwondo e atletismo foram grandes protagonistas na sexta que também marcou despedida da natação nas Paralimpíadas
O Time Brasil fez história ao igualar o número de ouros conquistados numa só edição das Paralimpíadas, com 21 no total. O número “mágico” só foi alcançado no finalzinho do dia em Tóquio com direito a uma dobradinha no atletismo. Antes disso, o goalball foi campeão pela primeira vez em sua história. Confira no resumo:
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Como nunca
O dia de hoje foi recheado de novas conquistas para o Time Brasil e talvez a mais marcante de todas saiu do goalball. A seleção masculina enfrentou a China e conseguiu furar a muralha asiática para golear por 7×2 e levar para casa o primeiro ouro de sua história. Até então, o time vinha de um bronze em 2016 e uma prata, na Londres-2012.
Na madrugada, a equipe feminina entrou em quadra para tentar o bronze, mas acabaram derrotadas por 6×1 para o Japão, dono da casa. Com isso, as mulheres igualaram a melhor colocação da categoria, com o mesmo quarto lugar da Rio-2016.
Até logo às piscinas
Wendell Belarmino foi o atleta responsável por trazer a última medalha da natação nos Jogos de Tóquio. Ele disputou a final dos 100m medley, nesta sexta-feira, e surpreendeu a todos com uma recuperação impressionante nos últimos 50m e terminou em terceiro — o brasiliense bateu na sétima posição na primeira parcial.
Com isso, ele chegou a sua terceira medalha em solo asiático, sendo duas no individual e uma por equipes. A natação encerra suas competições nesta edição com nada menos que 26 pódios e oito ouros; três deles com Carol Santiago, maior vencedora.
Maior de todos
O Brasil já tinha um bronze na canoagem com Caio Ribeiro, em 2016, e chegou no Japão com a meta de ultrapassar este feito. E foi assim que se sucedeu com Luis Carlos Cardoso, de 36 anos, na classe KL1 nos 200m. O brasileiro concluiu a prova em 48.31 e ficou com a prata da modalidade.
Versatilidade premiada
João Victor de Souza pode se dizer um atleta competente em mais de uma esporte paralímpico. Além do bronze no arremesso de peso na classe F37, o brasileiro voltou a disputar uma final hoje e terminou novamente na terceira posição (51.86), só que no lançamento de disco.
Estreia com estilo
O Brasil estreou o taekwondo em Paralimpíadas com dois pódios, sendo o mais recente da lutadora Silvana Fernandes, de 22 anos. A brasileira foi derrotada por 8×6 para a melhor do mundo Lisa Gjessing, da Dinamarca, e chegou forte na briga pelo bronze.
A adversária foi a turca Gamze Gurdal, que nem teve chances diante da paraibana e foi ‘atropelada’ pelo placar elástico de 26×9. Em entrevista depois da vitória, ela admitiu que vai começar desde já a preparação para os Jogos de Paris, em 2024.
Vai tentar o bronze
Os Estados Unidos não tomaram conhecimento do Brasil e venceram por 3 sets a 0 a semifinal do vôlei sentado na categoria feminina. Apesar de encerrar seu caminho pelo ouro, as competidoras agora vão buscar o bronze diante do Canadá no reencontro das duas seleções (as brasileiras venceram por 3×2 na estreia).
Ponto alto com dobradinha
O momento que deu um brilho dourado no olhar dos atletas e de quem assistia às competições foi do atletismo, nesta manhã. Já com o título confirmado no goalball e a um primeiro lugar do recorde histórico, Thiago Paulino deu uma novo significado à sua participação com o título memorável no arremesso de peso.
Quinto colocado na Rio-2016, o atleta natural da Orlândia (SP) esperou pacientemente 14 competidores se apresentarem para, na sequência, quebrar o recorde paralímpico da modalidade (15.10m) e da delegação. O ouro de Paulino fez o Brasil chegar a 21 premiações máximas nesta edição e igualar a maior marca da história, registrada em Londres-2012.
Na mesma prova, Marco Aurélio Borges (14.85m) completou o pódio na terceira posição e confirmou a dobradinha brasileira na final. Guoshan Wu (15.00m), da China, foi prata.
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