Treinador chegou a um comum acordo com o clube e acertou rescisão após polêmica
A Série D do Brasileirão, porta de entrada dos clubes no cenário do futebol nacional, reserva fatos insólitos, situações inusitadas e às vezes episódios lamentáveis. O caso mais recente “fora da curva” foi registrado no Grêmio Atlético Sampaio, o GAS, de Roraima. Às vésperas do jogo contra o Castanhal, pela 11ª rodada do certame, o treinador Silmar Simão teria sido vítima de ameaça, e diante disso ameaçou os próprios jogadores e membros da comissão técnica de sua equipe.
Na oportunidade, o técnico teria dito que “acontecesse algo com ele” todo mundo seria penalizado. Toda a situação foi revelada pelo diretor do GAS, Borges Neto, responsável por assumir o time horas depois do ocorrido.
“A gente tinha acabado de jantar, estávamos conversando em umas mesas na frente do hotel, num clima descontraído antes do jogo. O professor desceu, eu avisei ele que era para jantar porque já iam retirar a janta, ele jantou e subiu para o quarto. Dez minutos depois ele voltou e perguntou se a gente acreditava em Deus. Dissemos que somos tementes a Deus, ele bateu na mesa e disse:
“Se acontecer alguma coisa comigo aqui, teve um anjo que me avisou que eu tô correndo perigo. Se acontecer alguma coisa comigo aqui, a minha família é poderosa e tá todo mundo f* aqui”, teria dito o treinador.
O caso foi registrado no sábado (14), um dia antes do GAS entrar em ação contra o Castanhal, fora de casa, sendo confirmado por jogadores membros da comissão técnica do time. O episódio com o treinador foi acabar na polícia, e custou o desligamento do mesmo, em um desfecho de comum acordo.
“Primeiro que ele nem queria registrar o B.O. Nós pedimos ao gerente para ver as imagens do hotel, e nas imagens mostra que ele subiu para o quarto sorrindo após jantar, desceu normal e depois chegou com essa “resenha”, disse o dirigente do GAS.
O treinador Silmar Simão comandou o GAS por apenas 11 dias, tendo ficado à frente da equipe em apenas dois jogos, acumulando duas derrotas.