Torneios online ajudaram Mariana D’Andreia a realizar o sonho do ouro paralímpico no halterofilismo
Campeão comemora o “privilégio” de ter mantido ritmo de treinos durante a pandemia
Campeão comemora o “privilégio” de ter mantido ritmo de treinos durante a pandemia
Primeira mulher brasileira a obter uma medalha paralímpica no halterofilismo, Mariana D’Andreia não escondeu sua alegria após a conquista do ouro na categoria até 73 kg nas Paralimpíadas de Tóquio.
Foi sua segunda participação paralímpica. Mas no Rio-2016, ainda inexperiente, acabou não conseguindo nenhum levantamento válido e ficou sem classificação. Desta vez, levantou 137kg, o suficiente para levar o ouro.
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“Tive o privilégio de continuar treinando mesmo durante a pandemia. Por isso estava bem preparada. Disputei etapas da Copa do Mundo online”, contou a atleta.
Mariana, aos 23 anos, lidera o ranking mundial de sua categoria. “Estou muito feliz, muito grata por tudo. Venho treinando esses cinco anos atrás desse objetivo. Eu sabia que ele ia se realizar aqui porque tudo o que passei não foi fácil e eu não desisti um minuto. Foi a primeira vez que levantei esse peso em competição.”
Emoção até o fim
Mariana assumiu a liderança na primeira rodada, com 130kg. Na segunda, fez 133kg e foi ultrapassada pela chinesa Lili Xu, que levantou um quilo a mais. Então a brasileira decidiu ir para o tudo ou nada. Tentou 137kg, com sucesso.
A chinesa então foi para 138kg. Era a última participante da prova. “Naquele momento eu já estava muito feliz por saber que estava com a prata garantida. Quando vi que ela infelizmente não conseguiu concluir o movimento, fiquei muito feliz. Foi aquele momento em que tudo o que você passa parece valer a pena. Consegui realizar meu sonho.”
Mariana mora e treina em Itu, no interior paulista. Ela tem nanismo e está no esporte desde 2015, quando foi abordada na rua pelo técnico Valdecir Lopes, que comanda uma equipe de halterofilismo paralímpico na cidade.
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