Resumo do dia: atletismo brilha e natação passa em branco pela 1ª vez
Nem mesmo Daniel Dias e Wendell Belarmino foram capazes de trazer alguma medalha nas piscinas, nesta segunda (30), nas Paralimpíadas de Tóquio
Nem mesmo Daniel Dias e Wendell Belarmino foram capazes de trazer alguma medalha nas piscinas, nesta segunda (30), nas Paralimpíadas de Tóquio
Segunda maior modalidade do Time Brasil na história das Paralimpíadas, a natação terminou seu dia sem uma premiação, em Tóquio. No lugar, o atletismo mostrou porque é o esporte com mais medalhas nos Jogos, somadas todas as edições. O sonho da 100ª de ouro, porém, vai esperar um pouco mais. Confira o resumo:
Paralimpíadas de Tóquio 2020: Confira o quadro de medalhas completo
Disco de ouro
O primeiro medalhista de ouro do dia foi Claudiney Batista, representante da delegação brasileira no lançamento de discos. Ele que já era o atual campeão paralímpico e dono do recorde mundial, lançou para 45,59m e superou a maior marca paralímpica de todos os tempos.
Depois da prova, o mineiro de 42 anos fez uma confissão sobre os juízes: “Fico feliz pelo trabalho dos últimos cinco anos que foi premiado. Eu estava muito bem preparado, entrei um pouco tenso, preocupado com a arbitragem, mas as coisas acabaram fluindo”.
Recorde mundial e choro
O segundo ponto mais alto do dia também saiu do lançamento de discos e, dessa vez, com direito a quebra de recorde mundial, na categoria feminina. A brasileira Elizabeth Gomes, de 56 anos, não escondeu a emoção ao garantir a medalha de ouro já na primeira tentativa, no Japão.
Já aos prantos, Beth, como gosta de ser chamada, seguiu na disputa, superou a própria marca na segunda exibição e quebrou o recorde mundial no quinto lançamento — ela falhou nas 3ª e 4ª apresentações. E ainda teve tempo para mais: o recorde foi novamente superado na última tentativa, com marca de 17.62m (o maior feito até então era 16.26m).
Foi por pouco
Por apenas um centésimo de diferença, o corredor dos 100m T42 Vinícius Rodrigues cruzou a linha de chegada em segundo e ficou com a prata. O brasileiro recordista mundial renovou também o maior feito paralímpico em Tóquio com 12.05. Só Anton Prokhorov, do Comitê Paralímpico Russo, foi mais rápido e fez 12.04 para o ouro.
Ainda no atletismo, Alessandro Silva participou da decisão do arremesso de peso da classe F11, para deficientes visuais, e apresentou a segunda melhor marca da prova, com 13.85m. O ouro foi para o iraniano Mahdi Olad, que fez 14,43m.
Jogaram muito
A final feminina do tênis de mesa foi bastante pegada e repleta de rallies, só que quem saiu com a medalha de ouro foi a australiana Qian Yang, naturalizada da China. Sua oponente, a brasileira Bárbara Alexandre venceu o segundo set, mas não conseguiu se recuperar nos games seguintes.
Ela foi ao pódio como na edição de 2016 das Paralimpíadas, no Rio de Janeiro, só que, dessa vez, subiu um degrau na conquista da prata inédita para as mulheres.
Ficaram devendo
O Brasil perdeu para o Irã por 3×0 na segunda partida do vôlei sentado, na categoria masculina, e viu as suas chances de classificação às semifinais sob o risco de não acontecer. A equipe venceu a China na primeira rodada e agora enfrenta a Alemanha para buscar a segunda vaga do Grupo B.
Frustração nas piscinas
A natação fechou o seu dia “zerada” de medalhas e nem mesmo o multicampeão Daniel Dias foi capaz de reverter essa situação. Além dele, Wendell Belarmino (200m medley), Maiara Barreto (100m livre) e a equipe do revezamento 4×100 também ficaram fora do pódio.
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