Paralimpíadas: entenda como é a disputa do rúgbi em cadeira de rodas
Brasil não tem tradição no rúgbi em cadeira de rodas e nunca participou de uma Paralimpíada. O país também não estará em Tóquio 2020
Brasil não tem tradição no rúgbi em cadeira de rodas e nunca participou de uma Paralimpíada. O país também não estará em Tóquio 2020
O rúgbi em cadeira de rodas nasceu na década de 1970, no Canadá, e foi desenvolvido por atletas tetraplégicos. A modalidade, porém, só entrou no cronograma paralímpico a partir dos Jogos de Atlanta 1996, como esporte de demonstração.
A estreia oficial do rúgbi em cadeira de rodas, valendo medalhas, aconteceu quatro anos depois, nos Jogos de Sydney 2000.
Assim como no rúgbi convencional, a modalidade de Paralimpíadas tem muito contato físico. Cada equipe conta com quatro atletas em campo, com outros oito na reservas.
Os jogos acontecem em quadras de 15m de largura por 28m de comprimento e são disputados em quatro tempos de 8 minutos cada. O objetivo é o mesmo do rúgbi tradicional, que é passar da linha do gol com a bola nas mãos – e duas rodas da cadeira.
Se o jogo terminar empatado, é disputada uma prorrogação de três minutos.
A modalidade não é dividida por gênero, sendo que homens e mulheres jogam juntos em uma categoria mista.
Outras regras:
– Os jogadores de ataque só podem permanecer na área-chave adversária (à frente da linha do gol) por no máximo 10 segundos;
– Três atletas de defesa podem ficar em sua área-chave por tempo indeterminado – se um quarto jogador entrar, é aplicada falta;
– Os atletas podem conduzir a bola sobre as coxas, quicá-las ou passá-las para um companheiro de time;
– O tempo de posse de bola é indeterminado, mas é obrigado quicá-la no mínimo uma vez a cada 10 segundos;
– A equipe com a posse de bola tem 12 segundos para chegar ao campo adversário;
– O time com posse de bola não pode demorar mais de 40 segundos para finalizar a jogada.
Classificação
O rúgbi em cadeira de rodas é disputado por atletas comprovadamente tetraplégicos, divididos em sete classes de acordo com a habilidade funcional: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5.
As classes superiores são destinadas aos atletas com os maiores níveis funcionais; e as classes mais baixas são para jogadores de menor funcionalidade.
– Teste de banco: Teste muscular realizado em toda a extremidade da musculatura superior, além do exame do alcance do movimento, tônus e sensação;
– Teste funcional do tronco: É realizada uma avaliação do tronco e das extremidades inferiores em todos os planos e situações, que pode incluir um teste manual da musculatura do tronco;
– Testes de movimentação funcional
A modalidade no Brasil
O Brasil ainda não tem tradição no rúgbi em cadeira de rodas, ainda sem participações em Jogos Paralímpicos. O país também não estará presente nas Paralimpíadas de Tóquio 2020.
Maiores vencedores
As equipes mais fortes do esporte são Canadá e Estados Unidos, pioneiros da modalidade, além de Austrália e Nova Zelândia, países nos quais o rúgbi convencional é muito praticado.
Desde 2000, apenas cinco países subiram ao pódio na modalidade. Quem lidera o quadro de medalhas são os EUA, com 3 de ouro, 1 de prata e 2 de bronze, totalizando 6 medalhas.
Austrália é a segunda colocada (2 ouros e 2 pratas), seguida pela Nova Zelândia (1 ouro e 2 bronzes). Também já faturaram medalha o Canadá (3 pratas e 1 bronze) e o Japão (apenas 1 bronze).
Os atuais campeões paralímpicos são os australianos, que venceram os Estados Unidos na final do Rio 2016. O Canadá, idealizador do esporte, nunca foi campeão.
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