A delegação brasileira do remo em Tóquio 2020 é composta por 9 atletas. O país tem apenas uma medalha na modalidade em toda história
O remo está no programa paralímpico desde os Jogos de Pequim 2008. As provas são disputadas no percurso de 1.000 m e os barcos são adaptados para dar mais segurança aos atletas com deficiências.
Nas embarcações, podem competir uma, duas ou quatro pessoas, com diferentes tipos de limitação. A divisão por classes é feita de acordo com o membro utilizado pelo competidor para a propulsão dos barcos.
Classificação
São três as classes do remo adaptado em Paralimpíadas:
PR1 (ou A1+): Remadores com função mínima ou nenhuma função de tronco. O barco é impulsionado somente por por meio dos braços. Esses remadores não têm equilíbrio suficiente ao sentar, exigindo que sejam amarrados ao assento. Barco single skiff, com assento fixo e encosto;
PR2 (ou TA 2X): Remadores que possuem uso funcional dos braços e tronco, mas apresentam fraqueza ou ausência da função das pernas para deslizar o assento. Barco double skiff, com tripulação mista e assento fixo;
PR3 (LTA 4+): Remadores com função residual nas pernas que lhes permite deslizar no assento, usando, portanto, pernas, tronco e braços. Esta classe também inclui atletas com deficiência visual. Barco four skiff, com timoneiro e tripulação mista (dois homens e duas mulheres). Assento deslizante.
Brasil na modalidade
No Brasil, o remo adaptado passou a ser praticado no começo nos anos 1980, no Rio de Janeiro. A SUDERJ (Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro) iniciou um programa de reabilitação para pessoas com deficiência física, mental e auditiva utilizando o remo como ferramenta.
Porém, somente em 2005, depois dos dois Mundiais, a Confederação Brasileira de Remo reativou o departamento de Remo Adaptável.
A única medalha paralímpica do Brasil saiu nos Jogos de Pequim 2008. Elton Santana e Josiane Lima conquistaram o bronze na prova do double skiff misto.
Em Tóquio 2020, a delegação brasileira do remo é composta por 9 atletas:
Ana Paula Madruga de Souza (PR3), Cláudia Cícero dos Santos (PR1), Diana Cristina Barcelos de Oliveira (PR3), Jairo Natanael Klug (PR3), Josiane Dias de Lima (PR2), Michel Gomes Pessanha (PR2), Renê Campos Pereira (PR1), Valdeni da Silva Junior (PR3) e Jucelino da Silva (timoneiro).
Maiores campeões
A Grã Bretanha é o país que lidera o quadro de medalhas da modalidade, com 6 ouros e 2 bronzes, totalizando oito pódios em Paralimpíadas.
Em segundo aparece a China, com cinco medalhas no total, sendo três de ouro e duas de prata. A Ucrânia é a terceira do ranking, com 2 medalhas de ouro, 1 de prata e 1 de bronze.
LEIA TAMBÉM
Brasil terá 257 atletas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio; saiba mais sobre a delegação
Paralimpíadas: Goalball feminino do Brasil busca pódio inédito com mistura de gerações
Paralimpíadas: Com brasileira na lista, conheça 10 jovens estrelas que devem brilhar em Tóquio
Paralimpíadas: Craque do futebol de 5 do Brasil, Ricardinho aceita comparação com Neymar