Esporte distribui 167 medalhas de ouro durante os Jogos Paralímpicos
O atletismo é o esporte mais generoso nas Paralimpíadas de Tóquio-2020. A modalidade vai distribuir nada menos que 167 medlahas, mais do que qualquer outra, e oferece provas para atletas com deficiência motora, física ou intelectual, separados em classes distintas.
Ao todo serão 167 eventos: 93 masculinos, 73 femininos e um misto, o revezamento 4x100m. Os eventos recebem inicialmente as classificações T ou F: T para as corridas em pista (“track”, em inglês) e F para os saltos e arremessos, as chamadas provas de campo (“field”).
Para que haja o máximo de igualdade de condições, os atletas são então separados de acordo com as deficiências e o grau de severidade delas.
Deficiências visuais
Os atletas que correm nas provas T11 são completamente cegos e recebem companhia de guias. Eles são opcionais na T12, para pessoas com baixo grau de visão, e proibidos na T13, na qual a deficiência é menor. As medições são feitas antes dos Jogos.
Nas provas de longa distância, como os 5.000m e a maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem contar com até dois atletas-guia. É permitida uma troca, e só quem chega é que ganha medalha ao lado do atleta. Também há provas de campo para os atletas com deficiência visual, que recebem orientação sonora dos técnicos.
Deficiências intelectuais e motoras
Os atletas das categorias 20 são aqueles classificados com deficiência intelectual. Já aqueles com numeração de 31 a 38 são os que têm lesão cerebral: d2 31 a 34, competem em cadeiras de rodas; a partir da 35, em pé.
Os números maiores simbolizam que a severidade da deficiência é menor. Eles também disputam corridas e provas de campo, como o arremesso de peso e o salto em distância, para aqueles que competem correndo.
Deficiências físicas
Os atletas das classes 40 a 41 são aqueles com nanismo, ou seja, com deficiência no crescimento. Em Tóquio, eles competem apenas em provas de campo: estão no arremesso de peso e no lançamento de dardo.
De 42 a 47 estão os amputados, ou seja, que perderam ou nasceram sem algum membro. Com distinção: de 42 a 44 são os atletas sem os membros inferiores; 45 a 46, para os atletas com deficiência nos membros superiores.
Nessa classe, eles competem sem o auxílio de próteses. No caso das provas de campo, os atletas sem membros inferiores podem disputar sentados.
Cadeirantes e com prótese
Os atletas que competem em cadeiras de rodas competem nas classes de 51 a 57. A partir da classe 55, no entanto, haverá nestas Paralimpíadas apenas provas de campo. São cadeiras especiais, preparadas para corridas, e com diferenças de acordo com a classificação.
Já os atletas com competem com prótese nos membros inferiores são classificados de 61 a 64. Eles disputam apenas corridas de velocidade, de no máximo 400m, além da provas de campo.
Uma das estrelas do atletismo brasileiro em Tóquio compete na T62. É o velocista Alan Fonteles, que vai disputar sua quarta Paralimpíada e tem três medalhas na carreira, uma de ouro e duas de prata.
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