Daniel Yoshizawa, de 35 anos, é atleta do vôlei sentado. O capitão do time masculino do Brasil vai fazer a sua estreia em Jogos Olímpicos em 2020
O Brasil é uma das potências paralímpicas e conta com um time de diversas etnias na delegação que está em Tóquio 2020. Porém, só um atleta tem uma ligação mais forte com o Japão: Daniel Yoshizawa. O capitão do vôlei sentado na Paralimpíada tem ascendência japonesa.
Aos 35 anos, o paratleta vai fazer a sua estreia nos Jogos Paralímpicos justamente na terra natal de sua família. O jogador de vôlei sentado tem raízes orientais por parte de mãe. Ele sonha brilhar em Tóquio e trazer uma medalha de “casa”.
— É a primeira vez que eu vou para o Japão, estou muito ansioso, mesmo sendo de família japonesa nunca tive a oportunidade de conhecer. Ainda mais em um evento especial como os Jogos Paralímpicos, minha ansiedade está a mil. Mesmo sabendo que teremos restrições e não poderemos passear, mas só de estar lá será uma grande conquista.
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Perda dos movimentos aos 21 anos
O atleta segue alguns costumes da cultura japonesa implementados por sua avó, mas nunca teve a oportunidade de conhecer o país que originou parte da sua ancestralidade. A chance de realizar o sonho veio justamente através do esporte que o colocou na maior competição do mundo.
Daniel teve meningite bacteriana e precisou amputar as duas pernas acima do joelho, quatro dedos da mão direita e um da esquerda aos 21 anos. Agora, o atleta está duplamente ansioso: estrear no vôlei sentado na Paralimpíada e por estar no Japão.
Tornou-se capitão da equipe e também da seleção brasileira, onde conquistou a medalha de bronze no mundial da modalidade em 2018, na Holanda, e o ouro nos Jogos Parapan-Americanos em Lima, no Peru, em 2019.