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Renato Gaúcho muda estratégia e vê trio ofensivo desequilibrar na goleada do Flamengo sobre o Olimpia

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira destaca a atuação de Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta no jogo desta quarta-feira (11) em Assunção

Por Luiz Ferreira em 12/08/2021 09:49 - Atualizado há 3 anos

Alexandre Vidal / Flamengo

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira destaca a atuação de Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta no jogo desta quarta-feira (11) em Assunção

É possível dizer que o Flamengo finalmente adotou o “modo Libertadores” nesta quarta-feira (11). O escrete comandado por Renato Gaúcho foi envolvente, aproveitou bem os espaços concedidos pelo Olimpia, encaixou os contra-ataques e conquistou uma boa vantagem nas quartas de final da competição sul-americana. E isso tudo jogando na casa do adversário. Tudo por conta de uma pequena mudança na estratégia adotada pelo treinador rubro-negro: ao invés da conhecida e costumeira pressão na saída de bola e das linhas mais altas de marcação, o Flamengo jogou um pouco mais recuado para atrair o time de Sergio Ortemán e criar espaços para Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta desequilibrarem. Mesmo assim, o time de Renato Gaúcho não controlou o jogo em momento algum e ainda assim empilhou muitas chances de aumentar o placar no estádio Manuel Ferreira. Retrato perfeito de um jogo meio doido e bastante polêmico em Assunção.

Renato Gaúcho repetiu seu 4-2-3-1 costumeiro e mandou a campo os mesmos jogadores que foram goleados pelo Internacional no último final de semana. Só que as linhas mais altas de marcação e a pressão na saída de bola deram lugar para uma postura mais pragmática. O Flamengo jogou um pouco mais recuado, mas não abriu mão do ataque. O Olimpia caiu na “armadilha” rubro-negra e abriu os espaços que o escrete rubro-negro tanto queria para armar os contra-ataques. Arrascaeta abriu o placar aos 15 minutos de jogo em bela jogada armada por Gabigol e Bruno Henrique ainda no meio-campo. O uruguaio ainda sofreria a penalidade após checagem no VAR por parte do árbitro argentino Fernando Rapallini (e que salvou a pele de Filipe Luís). E nem mesmo o gol de Iván Torres (o bom lateral-esquerdo do Olimpia) mudou o panorama da partida. O Flamengo seguia muito superior apesar de não controlar o jogo.

O Flamengo entrou em campo armado no mesmo 4-2-3-1 utilizado por Renato Gaúcho e fez com que o Olimpia caísse na sua armadilha. Com as linhas mais recuadas e o Olimpia de Sergio Ortemán mais espaçado, o trio ofensivo rubro-negro teve condições de desequilibrar a partida em Assunção.

Dois lances marcaram a primeira etapa. O primeiro deles foi o choque entre Arrascaeta e Salazar que acabou resultando em traumatismo craniano no lateral do Olimpia. É difícil dizer se o uruguaio teve maldade no lance ou se ele realmente deixou o braço. Este que escreve crê muito mais num “acidente de trabalho” e numa certa imprudência do paraguaio ao chegar forte do camisa 14 do Flamengo. Sobre a anulação do cartão vermelho de Filipe Luís e a marcação da penalidade, o árbitro Fernando Rapallini foi muito bem na consulta ao VAR e fez aquilo que precisava ser feito. Não demorou muito para que o Flamengo praticamente matasse a partida com mais um contra-ataque puxado por Bruno Henrique e que terminou com Gabigol marcando o terceiro aos seis minutos do segundo tempo. Mesmo assim, a sensação de que o time de Renato Gaúcho não controlava o jogo persistia mesmo com uma série de chances.

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Depois do terceiro gol do Flamengo, Renato Gaúcho fez o óbvio. Sacou Isla e Filipe Luís e mandou Matheuzinho e Ramon para o jogo e os dois jovens laterais não comprometeram e seguraram a onda de um Olimpia desorganizado e espaçado. Aliás, é preciso dizer que jogar dessa maneira contra um time que tem Bruno Henrique, Arrascaeta e Gabigol no ataque adversário é praticamente um suicídio futebolístico. Michael, Thiago Maia e Vitinho também entraram e mantiveram a estratégia do treinador rubro-negro, mas sem valorizar a posse da bola e vendo o escrete de Sergio Ortemán se aproximar perigosamente da área de Diego Alves (que não vem passando muita segurança no gol do Flamengo nas últimas partidas). Mesmo assim, ainda houve tempo para Gabigol puxar novo contra-ataque e servir Vitinho no lance do quarto gol rubro-negro. Vitória justa num jogo doido que poderia ter terminado com uma vantagem ainda maior no placar a favor do Flamengo.

Renato Gaúcho mudou peças, mas não modificou seu desenho tático básico e nem a estratégia utilizada na primeira etapa. O Flamengo atraía o Olimpia para seu campo e depois acionava Gabigol, Bruno Henrique e companhia nos contra-ataques. E isso tudo sem dominar as ações no meio-campo.

Difícil não chegar à conclusão de que os 4 a 1 aplicados na partida desta quarta-feira (11) saíram muito barato para o Olimpia de Sergio Ortemán (que preferiu culpar o VAR ao invés de observar as falhas da sua equipe). Tudo por conta da estratégia adotada por Renato Gaúcho. Atrair o time adversário, roubar a bola e acelerar em altíssima velocidade nos contra-ataques. Há quem torça o nariz para essa postura mais pragmática, mas é preciso dizer que foi bom ver o treinador rubro-negro se adaptando ao contexto de cada partida e usando bem as características do seu (qualificado) elenco. O grande número de oportunidades desperdiçadas, no entanto, preocupa bastante. Por mais que o Flamengo crie demais durante os 90 minutos, qualquer chance perdida pode custar caro em jogos mais complicados na sequência da própria Libertadores ou em outras competições importantes como a Copa do Brasil e o Brasileirão.

Seja como for, o Flamengo mostra que já assimilou a goleada sofrida contra o Internacional e que tem condições de chegar longe nessa temporada. O volume de jogo da equipe rubro-negra (mesmo adotando uma postura um pouco mais pragmática do que o costume) ainda é gigantesco e o número de chances criadas em cada partida ainda é muito grande. Cabe a Renato Gaúcho corrigir os problemas defensivos e manter o foco no que realmente importa. Difícil ver o Fla vacilando quando todo o time está realmente concentrado.

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