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Botafogo vence o clássico contra o Vasco controlando os espaços e acelerando os contra-ataques; entenda

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira explica como Enderson Moreira explorou os problemas defensivos do time comandado por Lisca Doido

Por Luiz Ferreira em 01/08/2021 08:56 - Atualizado há 3 anos

Vítor Silva / Botafogo

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira explica como Enderson Moreira explorou os problemas defensivos do time comandado por Lisca Doido

O Botafogo de Enderson Moreira venceu o clássico contra o Vasco por uma série de motivos. A equipe esteve muito mais organizada em campo, aproveitou melhor os espaços e ainda contou com a enorme falta de criatividade do escrete comandado por Lisca Doido. Os gols de Chay e Diego Gonçalves também nos mostraram um Glorioso mais ligado e mais competitivo nesse início de trabalho do novo treinador alvinegro e dão um pouco mais de tranquilidade e confiança para a sequência do Brasileirão da Série B. O Trem Bala da Colina, por sua vez, vê o G4 mais distante com mais uma atuação bem abaixo da esperada pelo seu torcedor e recebe as cobranças por mais atitude dentro de campo realizadas por Lisca. Faltou força mental para superar o gol sofrido logo no primeiro minuto de jogo no Estádio Nilton Santos e criatividade para superar as duas linhas de marcação montadas por Enderson Moreira no Botafogo.

Difícil não começar esta humilde análise falando do gol de Chay. O primeiro lance de perigo do jogo deste sábado (31) nasceu de boa tabela entre Diego Gonçalves e Guilherme Santos no lado esquerdo, da movimentação entrelinhas da dupla de ataque móvel do 4-4-2/4-2-3-1 do Botafogo. Ao mesmo tempo, vale destacar aqui a falha no sistema defensivo e da desatenção de Léo Matos, Andrey, Ernando e Morato no lance. Os jogadores botafoguenses fizeram o simples: toques rápidos, movimentação constante, ataque do espaço e bom posicionamento. E mesmo com mais posse de bola, o Vasco de Lisca mostrou muita lentidão na saída de bola e uma enorme falta de criatividade e intensidade para furar o bloqueio defensivo do Botafogo. Isso porque Diego Gonçalves e Marco Antônio fechavam bem os lados do campo e os volantes Pedro Castro e Barreto não permitiam que Morato e Léo Jabá tivessem espaço no meio-campo.

O Botafogo entrou em campo muito ligado e balançou as redes de Vanderlei logo no primeiro minuto de jogo com ótima pelo lado esquerdo. A movimentação rápida e inteligente de Chay, Guilherme Santos e Diego Gonçalves confundiu a marcação do Vasco e abriu caminho para a vitória no Engenhão.

O primeiro tempo foi marcado pela boa organização defensiva do Botafogo e pela falta de velocidade do Vasco nas transições. Lisca armou sua equipe num 4-3-3/4-1-4-1 com Marquinhos Gabriel jogando um pouco mais recuado do que o usual (talvez com o objetivo de aumentar a qualidade do passe no meio-campo). O que se via, no entanto, era um Trem Bala da Colina lento, sem criatividade no meio-campo e sem intensidade nas transições. Léo Jabá e Morato foram facilmente encaixotados pela boa marcação do Glorioso e pouco fizeram para bagunçar as linhas defensivas do seu adversário. E o argentino Germán Cano ficava isolado e quase sem receber bolas no ataque. Este que escreve entende que o trabalho de Lisca está no começo e que ele ainda precisa de tempo. Mas a impressão que ficou da partida foi a de que o Vasco perdeu o pouco de consistência que tinha nessas partidas contra São Paulo e Botafogo.

Enderson Moreira fechou o Botafogo com duas linhas na frente da área de Diego Loureiro e com Chay dando o primeiro combate dos volantes Bruno Gomes e Andrey. O Vasco, por sua vez, não tinha consistência defensiva e se movimentava muito pouco no ataque. Foto: Reprodução / Premiere / GE

O panorama da partida no Estádio Nilton Santos não mudou no início do segundo tempo. O Botafogo alternava uma postura mais retraída com uma marcação muito forte ainda no campo do Vasco. A equipe de Lisca só melhorou quando sua equipe adiantou suas linhas e tentou vencer os duelos na base das jogadas individuais com Morato e Cano, mas sem muito sucesso. Gabriel Pec melhorou a produção ofensiva do Trem Bala da Colina pelo lado direito de ataque, mas Sarrafiore só apareceu quando perdeu grande chance na frente de Diego Loureiro. A pá de cal veio em contra-ataque de manual puxado por Warley e Luís Oyama que terminou com o belo toque de Diego Gonçalves na saída de Vanderlei. Vencia a equipe que jogou mais futebol no Engenhão e a que mais trabalhou para conquistar três pontos preciosos na briga por uma vaga no G4 da Série B. E o resultado dá mais confiança ao Botafogo e para Enderson Moreira.

Lisca tentou mandar o Vasco à frente com as entradas de Gabriel Pec, Sarrafiore, Figueiredo, Daniel Amorim e Juninho, mas apenas abriu espaços na frente da sua área. O gol que fechou a (ótima) vitória do Botafogo nasceu de contra-ataque de manual puxado por Warley e Luís Oyama.

Organização, intensidade e o encaixe perfeito das peças foram fundamentais para que o Botafogo conquistasse uma vitória importantíssima dentro dos seus domínios. Destaque para a boa atuação da dupla de zaga e para o trabalho realizado pelo trio de meias do 4-2-3-1/4-4-2 costumeiro de Enderson Moreira. Do outro lado, Lisca falou em falta de atitude no Vasco na partida deste sábado (31). Por mais que eu e você tenhamos plena noção de que seu trabalho ainda está no começo, é preciso dizer que seu 4-1-4-1/4-3-3 não funcionou como o esperado. Andrey e Marquinhos Gabriel não estiveram bem na criação e sobrecarregaram Bruno Gomes na proteção da (frágil) dupla de zaga vascaína. Aliás, a recuperação do time de São Januário na Série B passa diretamente pela renovação de alguns nomes. Difícil não ver a queda física e técnica de Leandro Castán e Ernando nas últimas partidas. Mesmo nas vitórias.

Mas o grande destaque da partida deste sábado (31) se chama Chayene Medeiros Oliveira. Ou simplesmente Chay. O camisa 14 do Botafogo não é um criador de jogadas nato, mas sabe muito bem como se movimentar para abrir espaços e tem facilidade e força física para vencer duelos individuais. Não é exagero nenhum afirmar que ele foi a melhor contratação do Glorioso nos últimos anos. Chay entrega demais em desempenho e atitude dentro de campo. E os números estão aí para provar essa tese.

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