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Empresário revive tentativa de colocar Drogba no Grêmio: “Uma história do quase”

Oito anos depois, personagens da negociação revelam detalhes em contato exclusivo com o Torcedores sobre o acordo tentado com Drogba

Por Matheus D'Avila em 02/08/2021 08:17 - Atualizado há 3 anos

Francois Nel/Getty Images

Oito anos depois, personagens da negociação revelam detalhes em contato exclusivo com o Torcedores sobre o acordo tentado com Drogba

No momento em que se procura por um centroavante de confiança em Porto Alegre, uma história volta a tona. Na verdade, uma verdadeira novela que por pouco não teve um final feliz. O sonho do então presidente Fábio Koff de ter um extra-classe no elenco do Grêmio envolveu diversas negociações e nomes, entre eles a já conhecida história do interesse em Diego Lugano. Contudo, oito anos depois, o empresário Rogério Braun revelou a sua participação nas negociações que quase culminaram na presença de Drogba no futebol brasileiro.

Onde tudo começou

O desejo do falecido presidente Fábio Koff estava exposto a todos: montar um time com grandes atletas para buscar o tri da Copa Libertadores. Só que para isso, o histórico dirigente acreditava que seria necessária uma grande estrela. O Grêmio já havia lutado pelo zagueiro Diego Lugano, que atuava pelo PSG, e fracassado na busca. Quando o nome de Didier Drogba foi sugerido, a aceitação foi instantânea para o desafio.

Rogério Braun possuía vários contatos na Europa e tinha o conhecimento que Drogba estava disposto a um novo afronto. Propôs ao Grêmio o negócio e com o aval de Fábio Koff voou para a França para se reunir com os empresários do jogador e percebeu avanços importantes nas possibilidades.

“O Grêmio preparou um vídeo institucional na época. Nele, o clube se apresentava, mostrava a estrutura, a nova Arena e o projeto que possuíam. Levamos para a reunião e entregamos para ele”, relembrou Braun.

O vídeo foi elaborado pelo Grêmio, assim como uma série de produtos de marketing que faziam parte do projeto, como camisas personalizadas do jogador. Um dirigente da época, que prefere não se identificar, confirma que a direção chegou a receber um vídeo do atacante assistindo em casa o material enviado pelos gremistas.

O otimismo em relação ao negócio foi crescendo, assim como as cifras para que tudo se tornasse real. Em 2013, Drogba defendia as cores do Galatasaray, da Turquia, e estava as portas de uma transferência. Via no Grêmio um desafio interessante em outro continente e em um país tradicional e com força no futebol. Segundo o relato de Braun, o centroavante desejou o Tricolor.

Mudança repentina nos rumos de Drogba

O que caminhava para um negócio histórico, porém, foi se desfazendo com o passar dos dias. Os altos valores para a concretização do negócio, aliado a diversos desacertos entre empresários e direção do Grêmio, foi minando a construção do projeto.

O vice de futebol da época, Omar Selaimen, não comenta o tema. Segundo ele, o assunto nem sequer foi cogitado pelo presidente Fábio Koff. Porém, o depoimento é isolado, já que todas as outras partes confirmam a movimentação.

A verdade é que o desacerto após avanços produtivos gerou grande desconforto interno. Ninguém revela o principal motivo de discórdia, mas o fato é que o período de instabilidade permitiu a aproximação de outros concorrentes. Um novo acordo com o Galatassaray foi construído, mantendo o atleta na Turquia por mais alguns anos.

“Eu pensei que pudesse acontecer! Nós até celebramos essa possibilidade, mas depois acabou que não aconteceu. São as histórias da bola, as histórias do quase”, lamentou o empresário Rogério Braun.

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