Edilson foi comandando pelo técnico Evaristo de Macedo no Vitória em 2004
Campeão da Copa do Mundo de 2002, o ex-jogador Edilson Capetinha participou do ‘Podpah’, no último sábado (14), ao lado do amigo Vampeta. Entre as muitas histórias contadas, ele surpreendeu ao revelar que já invadiu a concentração do Vitória armado, atirando para o alto, e ainda deu soco no técnico Evaristo de Macedo, que comandava o clube em 2004.
Edilson contou que um dia a concentração do Vitória foi assaltada e levaram tênis e pertences de vários jogadores, entre eles Obina e Cléber Santana. O ex-jogador disse que não estava concentrado no dia e os assaltantes até perguntaram por ele, por ser o jogador mais renomado do Vitória na época.
“Chegou no outro dia, eu fui treinar, e iria ter o jogo contra o São Paulo. Eu disse: ‘Eu não vou concentrar não, hoje é sexta-feira e os caras roubaram aí e perguntaram por mim, eu vou concentrar em casa. Não vou vim para a concentração’. Aí o técnico Evaristo (de Macedo) falou: ‘Se você não vier, não vai jogar!’. Aí eu disse: ‘Ué, não é você quem manda no time, como é que não vou jogar’. E ele: ‘E quem manda?’. Eu: ‘O presidente. Não é você, é o Paulo Carneiro que manda’. Aí fui para casa e não fui para concentração, isso na sexta”, contou Edilson.
Segundo o ex-jogador, quando chegou para treinar no dia seguinte a sua roupa não estava no vestiário. Aí avisaram para ele ir falar com o diretor de futebol do Vitória, mas pegou o carro e foi para casa.
“Cheguei em casa e fui dormi, quando acordei era uma 5 horas da tarde, com o presidente do Vitória me ligando. ‘Vá para a concentração’. Eu falei: ‘Que horas?’. Ele: ‘7 horas’. E respondo: ‘Só vou 10’.”, revelou Edilson, que chegou no local às 10h30 e resolveu fazer uma trolagem em sua chegada ao clube.
“Eu sempre tiver porte de arma e andei armado. Aí quando abriram o portão eu vejo o presidente, Evaristo e mais uns três jogadores. Como a concentração tinha sido assaltada um dia antes, eu pensei: ‘vou dar um susto nele’. Quando abriu o portão eu entrei em alta velocidade, puxei o freio de mão, a poeira subiu, parecia no cinema. Abri o vidro do carro e: ‘pa pa pa pa pa pa pa’. Meu irmão, o presidente se jogou na piscina, outro se ‘ferrou’, outro saiu correndo. Eles acharam que era ladrão mesmo, não sabiam que era meu carro. Aí estacionei o carro, fui para o meu quarto e fiquei quieto”, revelou.
Depois de tudo isso, Edilson disse que Amaral bateu no quarto ele, falando que o chamaram para uma reunião, para ele pedir desculpas. Depois de muita insistência, o companheiro convenceu ele descer para a reunião.
Ao chegar na reunião, Edilson se encontrou com o presidente do Vitória e do técnico Evaristo. O ex-jogador tentou explicar que tudo era uma brincadeira, mas o clima esquentou.
“Na reclamação ele veio e bateu assim nas minha costas. Eu pensei: ‘Se eu virar e esse velho jogar em mim, ele vai dizer que deu um ‘pau’ em mim também. Ele já conta que deu no Romário’. Quando eu virei já dei um soco no Evaristo. O velho já caiu pra lá”, revelou Edilson, contando a história com arrependimento que o presidente do Vitória o mandou embora da concentração.
Edilson falou que não jogou no dia seguinte e o Vitória tomou uma goleada do São Paulo de 5 a 0, em pleno Barradão.
“Na segunda-feira o presidente me falou: ‘Já conversei com o Evaristo e ele vai te pedir desculpa’.”, encerrou Edilson, contando que já pediu desculpas ao técnico Evaristo mais de 10 vezes.
https://www.youtube.com/watch?v=3J09yPkNJlo
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