DISCO DE OURO: Veja o lançamento que deu recorde mundial à campeã paralímpica Beth Gomes
Brasileira venceu com sobras a prova do lançamento de disco na classe F53
Beth ostenta o recorde mundial - Foto: Tasos Katopodis/Getty Images
Brasileira venceu com sobras a prova do lançamento de disco na classe F53
Beth Gomes deu um passeio de ouro e recorde nesta segunda-feira no Estádio Olímpico de Tóquio. Ela venceu o lançamento de disco, classe F53 (atletas cadeirantes), e ainda superou sua própria marca mundial na última tentativa, quando a medalha de ouro já estava garantida. Veja abaixo o lançamento.
#Gold medal AND a new world record – just look at what it means! ?
Elizabeth Rodrigues Gomes, you have made #BRA very proud! ?#ParaAthletics #Paralympics #Tokyo2020
?? @cpboficial pic.twitter.com/ENlfTL7KS2
— Paralympic Games (@Paralympics) August 30, 2021
A brasileira de 56 anos disputa as Paralimpíadas no atletismo pela primeira vez. Ela já tinha competido no basquete em cadeira de rodas em Pequim-2008 e mudou de esporte em seguida. Mas, por problemas na sua classificação, não conseguiu competir nas Paralimpíadas do Rio-2016.
QUADRO DE MEDALHAS: Veja a classificação do Brasil
Beth jogava vôlei quando recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla, aos 30 anos. Após a prova, ela dedicou a vitória a outras pessoas com a mesma doença, entre elas a atriz Claudia Rodrigues. “A esclerosa é nossa amiga, ela anda do nosso lado”, brincou.
Depois, dedicou a medalha à família. “Parece um sonho, mas um sonho que se tornou realidade. Foram cinco anos esperando por esse feito e hoje posso comemorar. Essa medalha também é para meus pais, que estão no céu”, disse.
Vitória tranquila
Na classe F53, disputada por cadeirantes, os atletas fazem todos os lançamentos de uma vez, sentado num assento especial. Atual campeã mundial da prova, Elizabeth foi a última a disputar e, logo em sua primeira tentativa, já garantiu o ouro: 15,68m. Depois, foi buscar recordes.
No segundo lançamento, marcou 16,35m. Ainda era pouco perto do seu recorde, 16,89m, marca estabelecida no Mundial de Dubai, em 2019. Depois de queimar as duas tentativas seguintes, conseguiu enfim 17,33m. Insatisfeita, tentou uma última vez e conseguiu 17,62.
As ucranianas Iana Lebiedieva, com 15,48m, e Zoia Ovshi, com 14,37m, completaram o pódio da prova.
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