Casos de família: Conheça parentes que se ajudam e competem nas Paralimpíadas
Irmãs gêmeas na natação, pai e filho na bocha, mãe no tiro com arco e filha no tênis de mesa competindo pelo Brasil em Tóquio 2020
Irmãs gêmeas na natação, pai e filho na bocha, mãe no tiro com arco e filha no tênis de mesa competindo pelo Brasil em Tóquio 2020
A delegação do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio 2020 contam com alguns familiares competindo juntos, em modalidades diferentes e até mesmo como guias. Um dos casos é o das gêmeas idênticas Beatriz e Débora Carneiro, da natação classe SB14 (para atletas com deficiência intelectual).
As duas nadadoras foram rivais na final dos 100 metros peito, disputada na manhã deste domingo (29/08). Beatriz Carneiro conquistou a medalha de bronze depois de disputar com a própria irmã. Foi o primeiro pódio da paratleta em Jogos Paralímpicos.
“Uma ajuda a outra, nos treinos e em campeonatos. Nos treinos, a gente é rival, mas no final uma acaba sempre puxando a outra. Então a sempre torce uma pela outra”, afirmou Débora.
+Brasil está no top 10 do quadro de medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio 2020
Outros irmãos que competem em Tóquio, mas em modalidades diferentes, são Josemarcio Sousa, o Parazinho, do goalball, e sua irmã Lucilene Sousa, da natação da classe S12. Apenas eles, e mais um irmão, têm deficiência visual devido a uma atrofia no nervo óptico.
“O que mais me emocionou foi receber uma ligação de um outro irmão nosso quando fui convocada e ele me disse: “Me espelho em você e no Josemarcio (Parazinho). Hoje vocês são o orgulho da família. Minha mãe também disse que estava muito orgulhosa”, completou Lucilene.
+Paralimpíadas: Brasil tem 30 medalhas em cinco dias de competições; veja
Irmãos de ouro
No atletismo, estão os irmãos de ouro: Silvânia e Renato Costa. A dupla têm a mesma deficiência visual (doença de Stargardt), competem pela mesma modalidade (salto em distância) e conquistaram a medalha de ouro na Rio 2016.
Em Tóquio, Silvânia Costa ganhou seu segundo ouro em Paralimpíadas, ao alcançar 5 metros na final do salto em distância. Ricardo Costa ainda vai tentar o seu bi olímopicco.
Outra dupla no atletismo são os “irmãos Teodoro” Kesley e Ketyla. Eles também têm a doença de Stargrdt. Nos Jogos Paralímpicos de 2020, eles vão competir juntos pelas primeira vez. Kesley disputou a Rio 2016.
+Brasil repete melhor dia nas Paralimpíadas com superdose de pódios
Pais e filhos
Na bocha, há dois casos de família. Os irmãos Marcelo e Eliseu dos Santos, medalhistas de prata nos pares pela classe BC4 Rio 2016, voltam a disputar os Jogos juntos. Desta vez, em Tóquio, eles terão ainda a parceria de mais um membro da família: o outro irmão Luciano dos Santos, que atua como calheiro e fez sua estreia.
A modalidade, que já rendeu nove medalhas ao Brasil na história, também reuniu a família Carvalho, com o paratleta Mateus e seu pai, Oscar, que atua como seu calheiro.
+Torneios online ajudaram Mariana D’Andreia a realizar o sonho do ouro paralímpico no halterofilismo
“Ficamos muito felizes quando vimos os nossos nomes na lista [de convocação]. Esperamos fazer o melhor trabalho juntos para poder representar o nosso país e fazer o melhor possível para trazer a medalha para casa”, afirmou Mateus.
Jane Karla e Lethicia Rodrigues, mãe e filha, também competem nos Jogos Paralímpicos. Lethicia, 18 anos, representou o Brasil no tênis de mesa, ex-modalidade da mãe Jane Karla, 45 anos, que hoje disputa o tiro com arco.