Brasileiro chegou a liderar a prova, mas foi ultrapassado pelos últimos competidores
O brasileiro Cícero Valdiran Lins Nobre ganhou a medalha de bronze no lançamento de dardo, classe F57, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Ele marcou 48,93m em sua melhor tentativa. A marca foi até recorde paralímpico durante alguns minutos, antes que ele fosse superado pelos atletas seguintes.
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A classe reúne atletas com deficiência nos membros inferiores, que lançam sentados, sem tomar impulso. Assim, todos fazem suas tentativas de uma vez só. Cícero foi o décimo dos 12 participantes a ir para o lançamento, e conseguiu sua marca na terceira tentativa.
Com isso, Cícero assumiu provisoriamente a liderança e garantiu a medalha. A marca inclusive superou o recorde obtido no Rio-2016 pelo iraniano Muhammet Khalvandi. Mas era inferior ao recorde mundial obtido pelo brasileiro em 2019, em Dubai, quando foi campeão mundial: 49,26m. Restava agora secar os últimos dois competidores.
À prova de olho gordo
Não deu certo. Pois o atleta seguinte, o também iraniano Amanolah Papi, não só passou à frente como derrubou o antigo recorde mundial de Cícero: marcou 49,56m em sua melhor tentativa.
Veio então Hamedi Heidari, do Azerbaijão. Depois de três tentativas frustradas, ele passou Cícero com 49,04m. Mas não estava satisfeito: no lançamento seguinte, o azeri marcou 51,42m, garantiu o ouro e destruiu o recorde mundial do iraniano – que apareceu na TV batendo palmas com sorriso amarelo e teve de se contentar com a prata.
Apesar da frustração, o paraibano Cícero, de 29 anos, leva sua primeira medalha paralímpica. No Rio-2016, ele havia ficado com a quarta posição.
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