Time busca a segunda medalha de ouro seguida, depois de três pratas
A vitória nos pênaltis sobre o México garantiu à Seleção Brasileira a chance de disputar pela quinta vez a final do torneio de futebol masculino os Jogos Olímpicos. A equipe do técnico André Jardine vai buscar no sábado igualar o feito da última edição, no Rio-2016, quando conquistou a primeira medalha de ouro.
Nas três disputas anteriores de final, o Brasil havia sido derrotado e ficado com a prata. Relembre abaixo com mais detalhes cada uma dessas participações. A passagem à final garantiu ainda a sétima medalha. A seleção ganhou dois bronzes, em Atlanta-1996 e Pequim-2008.
Veja como está o quadro de medalhas de Tóquio-2020
Los Angeles-1984
A seleção foi montada às pressas para obedecer ao regulamento que estreava naquela edição: jogadores profissionais poderiam disputar o futebol olímpico, desde que não tivessem jogado Copa do Mundo. O Brasil foi treinado por Jair Picerni, então técnico do Corinthians, que convocou um time inteiro do Internacional, já eliminado no Brasileirão.
Dois futuros tetracampeões faziam parte do elenco, o volante Dunga e o goleiro Gilmar. Depois de passar tranquilo pela primeira fase, o Brasil precisou de pênaltis para derrotar o Canadá. Nas semifinais, bateu a Itália por 2 a 1, jogo que foi decidido só na prorrogação. Na final, porém, acabou derrotado pela França, por 2 a 0, e teve de se contentar com a prata.
Seul-1988
O Brasil foi comandado por Carlos Alberto Silva, que era também o técnico da seleção principal. Ele foi o primeiro a escalar na Seleção um ataque com Bebeto e Romário, justamente nas Olimpíadas. Outros tetracampeões tiveram sua primeira grande campanha ali, como o goleiro Taffarel e o lateral Jorginho.
Depois de se classificar sem problemas na primeira fase, o Brasil eliminou a Argentina nas quartas de final. Nas semifinais, a estrela de Taffarel brilhou pela primeira vez na Seleção: o goleiro defendeu três pênaltis contra a Alemanha Ocidental. Mas, na final, o Brasil perdeu de novo, 2 a 1 para a União Soviética, na prorrogação.
Londres -2012
Já com o atual regulamento, que permite apenas jogadores de até 23 anos, com três exceções, o técnico Mano Menezes teve Neymar como protagonista. O craque, então com 20 anos e ainda no Santos, comandou um time com vários jogadores campeões mundiais sun-20 no ano anterior.
A Seleção venceu os três jogos da primeira fase. Nas quartas, passou algum sufoco para vencer Honduras por 3 a 2. Depois, eliminou a Coreia do Sul nas semifinais. Na decisão, contra o México, levou um gol com menos de 1 minuto, marcado por Peralta, e se complicou. O mesmo Peralta fez 2 a 0 e Hulk descontou nos acréscimos, mas já era tarde.
Rio-2016
Para contar com Neymar nos Jogos Olímpicos em casa, o Brasil teve de negociar com o Barcelona e aceitou não levar o craque para a Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Lá, a eliminação precoce na fase de grupos derrubou o técnico Dunga e balançou também a seleção sub-23. O técnico Rogério Micale foi mantido, mas recebeu instruções diretas de Tite, o novo responsável pelo time principal.
O começo foi difícil, com empates sem gols diante de África do Sul e Iraque. Precisava vencer a Dinamarca na última rodada e desencantou: 4 a 0. Nas quartas de final, venceu a Colômbia por 2 a 0, e depois goleou Honduras por 6 a 0 nas semifinais. Na decisão, empate com a Alemanha e enfim a conquista do ouro nos pênaltis.
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