Balanço da ginástica: Rebeca Andrade coloca o Brasil na história olímpica
Ginasta conquistou o primeiro ouro feminino do país em Jogos Olímpicos. Rebeca ainda foi prata no individual geral em Tóquio 2020, um feito inédito ao Brasil
Rebeca Andrade se tornou uma das maiores estrelas do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Aos 22 anos, a atleta conquistou o inédito ouro no salto da ginástica artística. Antes disso, já havia feito história com a medalha de prata no individual geral. A jovem é a maior ginasta no feminino do país na história dos Jogos Olímpicos.
Com um sorriso largo, leveza e graciosidade, Rebeca chegou sem muitas expectativas. Mesmo com chances de pódio, a ginasta veio de um ciclo olímpico complicado, inclusive com uma terceira cirurgia no joelho. Mas quando esteve em ação, a brasileira deu um show.
No primeiro pódio, Rebeca Andrade conseguiu somar 57.298 pontos após executar quatro aparelhos – salto, trave, barras paralelas e solo. Neste último aparelho, que definiu a medalha, a ginasta do Flamengo se apresentou ao som de Baile de Favela.
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A melhor da história feminina
Rebeca conseguiu 15.166 no primeiro salto e 15.000 no segundo, o que deu uma média de 15.083. No solo, a atleta ficou apenas na quinta posição. A ginasta se tornou ainda a primeira mulher brasileira a conquistar duas medalhas numa mesma edição olímpica.
Os melhores resultados da ginástica feminina do Brasil até então eram os quintos lugares de Daiane dos Santos (solo), em Atenas 2004, e de Flavia Saraiva (trave), no Rio 2016. Os feitos deram a Rebeca a chance de ser porta-bandeira na cerimônia de encerramento em Tóquio.
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Zanetti sem medalhas
Campeão olímpico em Londres 2012 e prata na Rio 2016, Arthur Zenetti buscava a terceira medalha. Mas o ginasta não teve um bom desempenho na final das argolas de Tóquio 2020 e ficou em último lugar, com apenas 14.133 pontos.
Estreantes em Olimpíadas, Caio Souza e Diogo Soares ficam entre os 20 melhores do individual geral. Caio terminou na 17ª colocação, com 81.532 pontos, enquanto o jovem estreante Diogo Soares ficou em 20º, com 81.198.
Caio Souza ainda disputou a final do solo masculino e ficou em oitavo. O brasileiro somou 14.466 e 12.900 em seus dois saltos, ficando com uma média de 13.683.
Já Flávia Saraiva, que chegou a se lesionar em Tóquio durante as classificatórias, competiu na final da trave. Contra Simone Biles, que disputou a sua primeira final após se afastar da competição, a carioca ficou em sétimo.
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