Raio-X: como foram os últimos trabalhos de Lisca, novo técnico do Vasco
Lisca irá estrear no comando do Vasco contra o Guarani, sábado, em São Januário
Lisca irá estrear no comando do Vasco contra o Guarani, sábado, em São Januário
Antes de mais nada, o Vasco tem um novo técnico para comandar a reação do time na Série B do Campeonato Brasileiro: Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca Doido. Após a demissão de Marcelo Cabo, a diretoria levou menos de 24 horas para fechar a contratação.
Lisca era, a princípio, a única opção do diretor executivo Alexandre Pássaro que conversou pessoalmente com o treinador em Porto Alegre. Nesse ínterim, o dirigente apresentou os planos do clube para o restante da temporada.
Dessa forma, ele chega a São Januário após realizar trabalhos consistentes no América-MG, Ceará, Juventude e Náutico. Agora, Lisca terá a missão de reconduzir o Vasco à Série A do Campeonato Brasileiro.
Esquema tático
Antes de mais nada, Lisca está diante do maior desafio de sua carreira. Com pouco tempo para treinar, ele deve repetir o modelo de jogo utilizado durante sua passagem pelo América-MG. Adepto do 4-2-3-1, o treinador também escala seus times no 4-4-2, 4-5-1 e 5-4-1.
Lisca costuma armar suas equipes para valorizar o centroavante. Afinal, o treinador gosta de jogadores com porte físico avantajado para ganhar os duelos de primeira e segunda bola. Germán Cano, só para exemplificar, tem tudo para se dar bem com o treinador.
O argentino se destaca pela imposição física, poder de arranque, condução da bola e nas finalizações. Além disso, Lisca costuma valorizar o ataque rápido com saída de bola curta com os volantes se posicionando para pegar o rebote e iniciar a pressão na transição defensiva.
Na defesa, Lisca gosta de ver seus jogadores exercendo marcação por zona. O ponto a ser destacado em suas equipes é a intensidade das ações coletivas e individuais. Normalmente, seus comandados chamam a atenção pelo número de desarmes que efetuam por partida.
Desempenho em outros clubes
O Torcedores.com listou os principais de Lisca. Vale ressaltar, antes de mais nada, que a reportagem levantou seus principais trabalhos. Ou seja, por América-MG, Ceará, Internacional, Náutico e Juventude.
América-MG
Jogos: 82
Vitórias: 42
Empates: 27
Derrotas: 15
Aproveitamento: 60%
Após um ano e quatro meses, Lisca pediu demissão do América-MG em virtude dos maus resultados na Série A do Campeonato Brasileiro. Na temporada passada, só para exemplificar, o time fez uma campanha histórica na Copa do Brasil, alcançando à semifinal. Na Série B, foi vice-campeão, conquistando o acesso. E neste ano, foi vice-campeão mineiro.
Ceará
Jogos: 54
Vitórias: 21
Empates: 20
Derrotas: 13
Aproveitamento: 51%
Nas duas passagens pelo Ceará, Lisca evitou dois rebaixamentos quase certos. Em 2015, livrou o Vozão da queda para a Série C do Campeonato Brasileiro. Três anos depois, foi chamado às pressas para manter o clube na elite do futebol nacional. Contudo, foi demitido após perder o Campeonato Cearense para o rival Fortaleza.
Internacional
Jogos: 3
Vitórias: 1
Empates: 1
Derrotas: 1
Aproveitamento: 44%
Lisca foi contratado para evitar livrar o Internacional do rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro de 2016. Segundo ele, sete pontos seriam suficientes para manter o clube na primeira divisão. No entanto, o clube gaúcho somou apenas quatro pontos e teve a queda para a Série B confirmada. Posteriormente, foi demitido pela diretoria colorada.
Náutico
Jogos: 61
Vitórias: 25
Empates: 15
Derrotas: 21
Aproveitamento: 49%
Nas duas passagens que teve pelo Náutico, Lisca colecionou desafetos fora das quatro linhas. Nesse ínterim, entrou em rota de colisão com o diretor de futebol Lúcio Surubim e com o gerente de futebol Carlos Kila. Posteriormente, foi demitido do clube após ser vice-campeão pernambucano.
Juventude
Jogos: 57
Vitórias: 29
Empates: 15
Derrotas: 13
Derrotas: 49%
Lisca iniciou a carreira no Juventude em 2012. Ele marcou seu nome na história do cube ao conquistar a Copa da Federação Gaúcha. A competição regional, inclusive, garantiu a classificação do time para a Série do Campeonato Brasileiro do ano seguinte.