Home Esportes Olímpicos Olimpíadas de Tóquio batem recorde de atletas LGBTQ+ na história; Brasil tem 16 esportistas

Olimpíadas de Tóquio batem recorde de atletas LGBTQ+ na história; Brasil tem 16 esportistas

Destaque nas redes sociais, Douglas Souza é o único LGBTQ+ brasileiro em times masculinos nas Olímpiadas 2020

Rafael Alves
Jornalista formado em 2022 pela Universidade Cruzeiro do Sul. Produtor de conteúdo para internet desde 2017, iniciou no Torcedores em 2018 e cobriu uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas. Atua também nas áreas de Fórmula 1 e Valorant.

Destaque nas redes sociais, Douglas Souza é o único LGBTQ+ brasileiro em times masculinos nas Olímpiadas 2020

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 tiveram início batendo um recorde: é a edição com mais atletas LGBTQ+ declarados na história, de acordo com o OutSports. A reportagem aponta 163 esportistas gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e não-binários. O número já é o dobro da quantidade de participantes nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

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Segundo a reportagem, “o número de atletas LGBTQ+ que revelaram publicamente em Tóquio é maior do que o número de atletas que participaram de todos os Jogos Olímpicos de verão anteriores combinados”, contabilizando apenas os casos anunciados. A matéria cita que um dos motivos para o aumento foi a maior aceitação nos últimos anos, principalmente com o auxílio das redes sociais.

Essa foi uma das armas utilizadas por Douglas Souza, atleta do vôlei masculino que se tornou a sensação do Instagram nos últimos dias. Atualmente com mais de 2 milhões de seguidores, o campeão olímpico do Rio 2016 é o único LGBTQ+ declarado em seleções masculinas no Time Brasil nesta edição das Olimpíadas.

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Apesar de estar no elenco vencedor dos Jogos do Rio de Janeiro, Douglas Souza só se declarou gay em 2018 e se tornou o primeiro atleta abertamente homossexual no vôlei olímpico. Em entrevista ao Globo Esporte, o atleta valorizou a importância de sua representatividade ao ser destaque nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

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“Eu levanto bandeira, sim. Nas minhas redes sociais, sempre tem coisas lá em dias comemorativos, em dias de luta. Eu me posiciono sempre em prol da comunidade, me posiciono só de estar na seleção, de dar a minha cara a tapa para todo mundo. Mas a conscientização das pessoas é muito importante para que as pessoas entendam que nós somos iguais a todo mundo. Não queremos nenhum tipo de privilégio. Queremos ser tratados igualmente, ter os mesmos direitos e oportunidades”, disse.

DOUGLAS NÃO É O ÚNICO BRASILEIRO LGBTQ+ NOS JOGOS OLÍMPICOS

A reportagem do OutSports listou todos os 163 atletas declaradamente gays nos Jogos Olímpicos de Tóquio. De acordo com o site Guia Gay São Paulo, são 16 esportistas brasileiros na lista, mas somente Douglas Souza atua em esportes masculinos:

Babi Arenhart (Handebol feminino)
Isadora Cerullo (Rúgbi feminino)
Izabela da Silva (Arremesso de disco)
Andressa Alves (Futebol feminino)
Bárbara Barbosa (Futebol feminino)
Marta (Futebol feminino)
Formiga (Futebol feminino)
Letícia Izidoro (Futebol feminino)
Aline Reis (Futebol feminino)
Debinha (Futebol feminino)
Ana Marcela Cunha (Natação feminina)
Ana Carolina (Vôlei feminino)
Carol Gattaz (Vôlei feminino)
Gabi (Vôlei feminino)
Douglas Souza (Vôlei masculino)
Silvana Lima (Surfe)

MARTA PROTAGONIZA CENA MARCANTE EM ESTREIA NO FUTEBOL FEMININO

Na estreia da seleção brasileira no futebol feminino, a camisa 10 Marta protagonizou um momento marcante após a vitória por 5 a 0 sobre a China. A seis vezes melhor jogadora do mundo fez dois gols e, em um deles, homenageou a esposa Toni Presslei, zagueira norte-americana que atua no Orlando Pride.

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Em entrevista à TV Globo, Marta revelou que o “T” feito na comemoração foi em homenagem à sua noiva. “O ‘T’? A comemoração foi para Toni. Eu tentei fazer no primeiro no gol, mas a galera abraçou e não teve jeito, mas aí saiu mais um pra coroar. E graças a Deus eu pude fazer essa homenagem pra ela”, comentou.

https://twitter.com/geglobo/status/1417795217168736260

NÃO-BINÁRIO NOS JOGOS OLÍMPICOS

Durante a rodada de estreia do futebol feminino, a narradora Natália Lara, do Grupo Globo, participou de um momento marcante ao narrar utilizando pronome neutro para se referir a Quinn, atleta não-binário (que não se identifica com o sexo feminino e nem com o sexo masculino) da seleção canadense nas Olimpíadas.

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