Home Esportes Olímpicos Olimpíadas: Primeiros medalhistas do Brasil são treinados por mulheres

Olimpíadas: Primeiros medalhistas do Brasil são treinados por mulheres

Kelvin Hoefler, prata no Skate Street, é treinador para esposa, Ana Paula. Já Daniel Cargnin, bronze no judô, tem como técnica a japonesa Yuko Fujii

Marjoriê Cristine
Colaborador do Torcedores

Kelvin Hoefler, prata no Skate Street, é treinador para esposa, Ana Paula. Já Daniel Cargnin, bronze no judô, tem como técnica a japonesa Yuko Fujii

Os dois primeiros medalhistas do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020 são dois homens. No entanto, ambos têm algo em comum: são treinados por mulheres. Kelvin Hoefler, medalhista de prata no Skate Street, é treinado pela esposa, Ana Paula. Já o judoca Daniel Cargnin, bronze na categoria até 66kg, tem a japonesa Yuko Fujii como técnica na seleção brasileira de judô. Ela está no comando da equipe masculina desde 2018.

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Kelvin não pode contar com a treinadora na sua prova. Na grande final do Street, que estreou nas Olimpíadas de Tóquio 2020, ele recebeu orientações pelo celular, que foram repassadas pela companheira de equipe, Pâmela Rosa. Depois de ganhar a primeira medalha do Brasil na modalidade, o skatista dedicou a conquista à esposa.

“Eu estava falando com ela (Ana Paula) o tempo todo, porque ela é a minha técnica, minha coach, meu braço direito, esquerdo, perna, tudo. Ela que me ajuda sempre que me fala: “Kelvin, você é o melhor”. Acredito que sem ela eu não teria acertado as manobras”, disse Kelvin.

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Japonesa no judô

Logo após conquistar o bronze no judô, Cargnin chorou abraçado à técnica Yuko Fujii. A japonesa assumiu como treinadora da seleção masculina em 2018, justamente o mesmo ano que o judoca assumiu como titular da categoria até 66kg. Na primeira vez disputando juntos os Jogos Olímpicos pelo Brasil, a medalha veio.

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“Lembro de estar falando com a sensei Yuko… Uma vez a gente estava em um treinamento na Itália, em 2018, e eu estava muito cansado, apanhando muito, e ela me levantava e dizia: ‘vamos lá, vamos lá’. Eu me peguei chorando no banheiro e pensando: ‘Por que ela não desiste de mim? Às vezes eu mesmo penso em desistir!’. Encontrar ela foi especial, eu acreditei nisso”, declarou Cargnin, em entrevista à TV Globo.

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