O início das provas de atletismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020traz consigo uma cena estranha a quem não está habituado à modalidade: o atleta que é eliminado da corrida por queimar a largada. Neste sábado, nas eliminatórias dos 100 m livre, aconteceu duas vezes, com o nigeriano Divine Odururu e o togolês Fabrice Dabla.
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Mas como é possível perceber que acontece de forma tão rápida? Graças a um sistema eletrônico adotado pela World Athletics, a entidade que gerencia as competições de atletismo. Com o uso de sensores, ele permite verificar de forma imediata o tempo de reação de largada. Quando um dos corredores queima a largada, a prova é interrompida com um sinal sonoro.
Os juízes então verificam as informações do sistema, descobrem o atleta responsável pela infração e o eliminam, com cartão vermelho. Não há segunda chance: uma falha é o suficiente para a desclassificação.
O sistema é usado nas provas de até 400 m, rasos ou com barreiras, e também na largada dos revezamentos. Isso acontece porque são as provas que usam um bloco de largada e nas quais cada centésimo de segundo pode ser determinante para o sucesso.
Contra “adivinhações”
O conceito de queimar a largada leva em consideração estudos que apontam que é impossível um ser humano reagir ao sinal da arbitragem em tempo inferior a um décimo de segundo. Assim, quando o tempo de reação é menor, considera-se que o atleta tentou adivinhar o tiro. Foi o que aconteceu neste sábado com os atletas africanos.
Atletas famosos já sofreram com tal punição. A mais famosa dos últimos anos foi com o astro jamaicano Usain Bolt, hoje já aposentado. Ele foi eliminado por queimar a largada na final dos 100 m rasos do Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, em 2011.
As semifinais dos 100 m rasos masculino nas Olimpíadas de Tóquio serão disputadas neste domingo, a partir das 7h15 (de Brasília), com a presença do brasileiro Paulo André Camilo. A final será horas depois, às 9h50.
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