Contestado há um ano, Lucas Paquetá vira titular e talismã de Tite
Meia, titular em três dos últimos oito jogos da seleção brasileira, marcou seus primeiros gols pela equipe em 2021; dois deles deram a vitória ao Brasil na Copa América
Meia, titular em três dos últimos oito jogos da seleção brasileira, marcou seus primeiros gols pela equipe em 2021; dois deles deram a vitória ao Brasil na Copa América
O meio de campo tem sido o grande ponto de interrogação da seleção brasileira nos últimos, especialmente na “era Tite”. Se Casemiro tem, por méritos, lugar cativo na cabeça de área, seu companheiros ainda parecem longe de estarem definidos. Um, no entanto, tem se mostrado um candidato sério à titularidade: Lucas Paquetá.
Atualmente jogador do Lyon, da França, o meia formado pelo Flamengo tem se destacado nas partidas do Brasil em 2021. Participou de oito das nove disputadas até aqui e marcou três gols — seus primeiros três gols — pela Amarelinha. Os dois últimos, inclusive, garantiram vitórias da seleção na Copa América, contra Chile e Peru, respectivamente, cujos placares terminaram em 1 a 0.
O bom momento de Lucas Paquetá
O momento consagra a temporada de recuperação de Lucas Paquetá, tanto a nível internacional como no calendário nacional. Transferido do Milan para o Lyon em setembro de 2020, o jogador fez a melhor temporada, em números, da carreira.
Atuando como um meia-atacante centralizado, Paquetá marcou 10 gols e distribuiu 6 assistências em 34 jogos na França, uma média de praticamente uma participação direta em gol a cada dois jogos — levemente superior à de 0,35 pelo Flamengo em 2018.
Suas atuações ajudaram a levar o Lyon à quarta colocação da Ligue 1 — uma melhora de três posições em relação à tabela de 2019-2020, interrompida pela pandemia do novo Coronavírus — e de volta à seleção brasileira.
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Lucas Paquetá foi até convocado para as últimas partidas da Amarelinha em 2020, mas foi 2021 que mostrou o futebol que fez se destacar na França. Escalado ora como um meia central, ora como um terceiro homem de meio, pela esquerda, o camisa 17 foi bastante intenso nas movimentações e mostrou um bom entrosamento com ninguém menos que Neymar, que o assistiu nos três gols que marcou.
As estatísticas, enfim, de Paquetá na Copa América estão alinhadas com a boa fase. Em 5 jogos, foi titular em três oportunidades, marcou dois gols e criou três grandes chances. Nas médias por partida, tem 42 toques na bola, 1.8 desarmes, 5.6 duelos vencidos, 85% de acerto nos passes e 75% de acerto nos dribles, além de ter ficado duas vezes na Seleção da Semana do SofaScore, site que forneceu os números acima.
Confira mais sobre o posicionamento de Paquetá e seu entrosamento com Neymar aqui!
As críticas à Lucas Paquetá
O bom momento de Lucas Paquetá contrasta com as críticas com as quais ele conviveu nos últimos dois anos. O ex-jogador Rivaldo, por exemplo, repudiou o uso da camisa 10 da seleção brasileira pelo meia em amistoso contra a Argentina, em 2019.
Outro ex-jogador, o agora apresentador Neto, criticou sua passagem pelo Milan, clube que o comprou do Flamengo em 2019. O coro do ídolo do Corinthians foi engrossado pelo editorial do jornal italiano “Gazzeta dello Sport”. Ambas manifestações ocorreram em 2020.
Paquetá de fato foi bem mal no clube italiano. Foram 44 partidas com a camisa rossonera o que foi prontamente negadoe apenas um gol marcado. A má fase, inclusive, era tanta que chegou-se a especular que o jogador sofria com ansiedade e depressão na Itália.
Ainda assim, o meia não continuou no Milan. Na apresentação no Lyon, reconheceu o mau momento e chegou até a agradecer e valorizar as críticas, encarando-as como construtivas e maneiras para sua melhoras. Talvez a atitude resiliente seja um dos segredos de sua recuperação. Tanto que a expectativa, agora, é para uma evolução.
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