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Como regra de 2015 da Premier League impulsionou Inglaterra à final da Euro

A “Homegrown Player Rule” garantiu espaço aos jogadores ingleses no Campeonato Inglês e permitiu o seu desenvolvimento competitivo que garantiu a seleção inglesa na final da Eurocopa 2020

Por Lucas Ayres em 11/07/2021 12:00 - Atualizado há 9 meses

Laurence Griffiths/Getty Images

A “Homegrown Player Rule” garantiu espaço aos jogadores ingleses no Campeonato Inglês e permitiu o seu desenvolvimento competitivo que garantiu a seleção inglesa na final da Eurocopa 2020

A Inglaterra disputa nesse domingo (11), a sua primeira final de torneio em 51 anos. A última vez tinha sido a decisão da Copa do Mundo de 1966, vencida pelos próprios ingleses. Entre os motivos que fizeram o English Team quebrar essa “sina” de mais de meio século, o estado da Premier League é o que surge como mais preponderante.

Consolidado como a principal liga do futebol mundial, o Campeonato Inglês usou dos exorbitantes valores pagos nas cotas de televisão para rechear suas equipes de craques de nível mundial e ter boa parte dos grandes jogadores das grandes seleções nacionais.

Tão importante quanto o poderio financeiro, porém, foi a maneira que a Federação Inglesa se preparou para capitalizar a enorme reunião de talentos atuando em suas competições. Afinal ter, por si só, estrelas internacionais no campeonato, representa mais um risco do que necessariamente uma vantagem para o futebol do seu país.

A regra de proteção aos jogadores da Inglaterra

Por isso que em 2015, meses depois da confirmação dos novos e bilionários valores pagos pela emissoras de TV, foi desenvolvida a “Homegrown Player Rule”, a regra dos “jogadores criados em casa”. Válida até hoje, ela estabelece que todas as equipes precisam ter pelo menos oito jogadores nos seus elencos com no mínimo três anos de atuação na Inglaterra antes de ter completado 21 anos.

Vale lembrar que os times na Premier League devem ter no máximo 25 atletas na lista principal. Assim, ainda que não exista uma distinção de nacionalidade nas circunstâncias estabelecidas, a regra, na prática, criou uma “cota” de jovens jogadores ingleses nas equipes.

Ainda que a medida protecionista tenha feito disparar os valores dos jogadores nativos do Campeonato Inglês, ela garantiu que jovens talentos fossem desenvolvidos, nem que na marra, entre as grandes equipes. Veja, por exemplo, a nova geração de meias da seleção inglesa.

Como a regra do Homegrown Player impulsionou a Inglaterra

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Mason Mount, Phil Phoden, Declan Rice, Bukayo Saka, todos eles tiveram seus espaços garantidos em nos elencos de Chelsea, Manchester City, West Ham, Arsenal, e tiveram de jogar à alturaa de Kanté, De Bruyne e cia para conseguirem ir à campo.

O mesmo vale para jogadores um pouco mais estabelecidos na época da criação da regra, como os defensores John Stones, Harry Maguire, Kyle Walker, o goleiro Jordan Pickford. Sob a ótica do “Homegrown” player, seus investimentos valiam à pena. Já que é para cumprir uma cota, que estes jogadores sejam de fato úteis ao time, não é mesmo?

Todos esses atletas, e outros mais,  jogam ao mesmo nível de competitividade das grandes estrelas, e todos foram, enfim, importantíssimos na campanha da Inglaterra rumo à final da Euro 2020. E eles podem, mais do que ninguém, levar o futebol “de volta para a casa”.

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