O Grupo pensa ainda em formalizar uma denúncia de violação dos direitos humanos
O Grupo LGBTQIA+ Arco Íris de Cidadania LGBT moveu uma ação judicial contra a CBF no Comitê de Ética da FIFA. O motivo é o questionamento da omissão do número 24 nos uniformes da seleção brasileira na Copa América.
O Grupo afirma na representação que há uma violação das normas de direitos humanos e não-discriminação na escolha da seleção brasileira. O Brasil é a única seleção das 12 presentes na Copa América 2021 que não possui nenhum jogador com o número 24. O documento afirma ainda que o preconceito está presente no futebol brasileiro e pede investigação por parte da FIFA:
“A seleção brasileira pula o número 24 em sua escalação, passando do número 23 (Ederson) para o número 25 (Douglas Luiz)”.
A princípio, o grupo solicitou um parecer por parte da CBF. A entidade, por sua vez, informou que a não utilização do número foi por opção dos atletas:
“…em razão de sua posição (meio campo) e por mera liberalidade, optou-se pelo número 25. Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição.”
A RAZÃO DA RECLAMAÇÃO DO GRUPO LGBTQIA+ COM A FALTA DO 24
Toda a questão com o número 24 se remete ao popular “jogo do bicho”, um jogo de azar bastante comum no país. Nele, 25 bichos são representados por números. O 24 é o veado, animal que é relacionado ao homem homossexual de forma pejorativa. Para o grupo LGBTQIA+, esse tipo de termo é considerado ofensivo. Este é o principal motivo pelos quais o grupo faz a reclamação. Pois acredita que a não utilização do número nos uniformes é devido a conotação histórica e cultural.
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