Desde 1980 a Eurocopa não conta com a disputa pelo terceiro lugar; torneio é o único entre os “grandes”
Espanha e Dinamarca não conseguiram chegar à final da Euro 2020, mas teriam todo o mérito se o fizessem. Os espanhóis reagiram durante o torneio, fizeram o segundo jogo com o maior número de gols da história da competição e lutaram muito na fase final, emplacando três prorrogações e duas disputas de pênaltis consecutivas.
Os dinamarqueses, por sua vez, representam a melhor história da Eurocopa, recuperando-se não só do enorme susto que foi a parada cardíaca de Christian Eriksen durante a partida da primeira rodada, como da ausência do meia em si, indubitavelmente o melhor jogador da seleção.
Normalmente, Espanha e Dinamarca teriam a oportunidade de disputar o terceiro lugar, uma posição simbólica em um jogo normalmente melancólico, mas honroso ainda assim — mas não na Euro. O torneio continental não faz esse jogo há mais de 40 anos.
Euro de 1980 “acabou” com a disputa do terceiro lugar
A “culpa” é da disputa do terceiro lugar da Euro de 1980, entre Itália e Tchecoslováquia. Sob baixa audiência e diante de um público ruim (24 mil), as seleções empataram em 1 a 1 e fizeram uma das mais longas disputas de pênaltis da história da competição, que terminou com a vitória tcheca por 9 a 8.
O jogo foi o estopim de algo que já era observado antes. Em quatro cinco edições anteriores, a média de público foi de seis mil pessoas, com a exceção das 60 mil que foram ver a Inglaterra vencer a URSS em 1968.
Além do baixo interesse, a e Euro de 1980 teve uma mudança de regulamento decisiva para subsequente fim da partida “de consolação”. Naquele ano, o número de equipes na fase final saltou de quatro para oito, só que num formato de dois grupos, que deixava a disputa de terceiro lugar um tanto sem sentido.
A tendência se manteve para a edição de 1984 e, a disputa, então, foi extinta. “Azar” de Espanha e Dinamarca.
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