Home DESTAQUE Como pentacampeão com o Brasil ajudou goleiro a dar título à Itália na Eurocopa

Como pentacampeão com o Brasil ajudou goleiro a dar título à Itália na Eurocopa

Gianluigi Donnarumma foi treinado na última temporada por Dida, ex-goleiro do Milan e da seleção brasileira

Lucas Ayres
Jornalista no Torcedores.com desde 2021, sou editor responsável pela coordenação de toda a produção audiovisual do site desde 2022, além de produzir matérias especiais, entre entrevistas, coberturas de eventos e artigos analíticos. Completamente apaixonado por esportes, mas em especial por futebol, seja pela sua parte técnica e tática, seja pela sua parte humana, social e sociológica, trabalho na área do jornalismo de esportes desde que me formei, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Passei pela Revista PLACAR, pela Premier League Brasil, pela Esportelândia e pela produção do programa "Esporte Record News", da Record News. No futebol, me especializo na cobertura dos seguintes campeonatos: Brasileirão Série A; Copa do Brasil; Copa Libertadores; Champions League; Premier League; La Liga; Campeonato Paulista. Também cubro basquete, em especial a NBA. Você pode conferir alguns dos meus melhores trabalhos aqui [https://lucasrayres.contently.com] e também um pouco do meu trabalho no audiovisual aqui [tiktok.com/@torcedorescom] e aqui [youtube.com/c/TVTorcedoresOficial/videos].

Gianluigi Donnarumma foi treinado na última temporada por Dida, ex-goleiro do Milan e da seleção brasileira

A cena é icônica: o batedor vai para a cobrança decisiva, perde e o goleiro adversário, campeão, levanta-se rapidamente e anda para o lado vagarosamente, com o semblante frio, ignorando a catarse da comemoração nas arquibancadas.

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De quem estamos falando, Dida ou Donnarumma? Aí que está, tanto faz. O brasileiro, pentacampeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, é, desde setembro de 2020, treinador de goleiros do Milan, clube onde jogou por nove anos e conquistou, entre outros títulos, o bicampeonato da Champions League.

Aposentado (definitivamente) desde 2016, Dida começou na nova profissão no mesmo ano, no SZ FC, da China. Depois de uma rápida passagem pelo Pyramids, do Egito, o ex-goleiro retornou ao Milan, primeiramente na equipe sub-17, para treinar os jovens portieri.

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Em 2020, subiu à equipe profissional no naquele que era o começo da primeira temporada completa do treinador Stefani Pioli no clube. Lá, encontrou um jovem que vivia em atritos com a diretoria, mas de um talento enorme: ele mesmo, Gianluigi Donnarumma.

O encontro de Dida e Donnarumma no Milan

O italiano, nascido em 1999 e atleta profissional já aos 16 anos, ia para sua terceira temporada como titular absoluto — e mais ou menos para a segunda em litígio com a direção do Milan, via Mino Raiola, seu “superempresário”.

Apesar dos problemas extracampo, Donnarumma soube extrair o melhor do contato diário com Dida. Ainda que os 38 gols sofridos em 36 jogos na Serie A não representem nem a sua terceira melhor média no gol do Milan, seu desempenho contribuiu para aquela que foi a melhor temporada do clube italiano desde 2012.

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Na ocasião, os Rossoneri fizeram 80 pontos e foram vice-campeões; em 2020-21, pontuação de 79 e a mesmíssima posição na tabela.

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O impacto de Dida no desempenho de Donnarumma

https://twitter.com/Garci4_Fabricio/status/1414347441181233157

Na seleção italiana, o impacto de Dida no desempenho de Donnarumma é ainda mais visível. Desde que o brasileiro se tornou treinador no Milan, o italiano fez 15 jogos e sofreu 5 gols. Antes, foram 18 partidas e 10 gols sofridos. Sem falar do prêmio de melhor jogador da Euro 2020. E há ainda a questão dos pênaltis.

Gianluigi Donnarumma tem uma marca impressionante na carreira. Afinal, nunca perdeu uma disputa de pênaltis. Foram cinco desde 2015, mas três delas somente entre outubro de 2020 e 2021. O que aconteceu logo antes desse período? Isso mesmo, Dida de volta ao Milan.

A comemoração do italiano (ou melhor, a falta dela), na defesa que garantiu o título da Itália na Eurocopa 2020, é portanto, não foi exatamente uma homenagem, mas serviu como um enorme reconhecimento ao brasileiro — e uma despedida, já que o Gigi está de malas prontas para o PSG.

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